Eco-Casa quer ajudar cidadãos a gerir o seu lar

Várias entidades lançam hoje um projecto ambiental, no valor de 80 mil euros, para ajudar os cidadãos a poupar energia em casa, reduzindo as emissões poluentes e melhorando o conforto.

O projecto Eco-Casa, que vai ser lançado na Universidade Nova de Lisboa no Monte da Caparica, pretende contribuir para inverter o peso do sector residencial e dos serviços no crescimento das emissões poluentes, disse à agência Lusa Francisco Ferreira, da associação ambientalista Quercus.

"As pessoas procuram cada vez mais conforto e acabam por ter uma série de electrodomésticos. Há cada vez mais casas sofisticadas. A iniciativa pretende contrariar a tendência da pouca eficiência energética e fazer com que o consumo páre de aumentar ou se reduza", explicou.

Através de uma página da Internet (www.ecocasa.org), por correio electrónico e, dentro de quatro meses, através de uma linha telefónica especial, os cidadãos podem pedir ou colher informações sobre as melhores formas de tornar a casa o mais eficiente possível do ponto de vista energético.

"Os conselhos pretendem ser o mais práticos possível", afirmou o dirigente da Quercus.

Ensinar a comprar os frigoríficos ou as lâmpadas que permitem poupar mais energia, aconselhar a colocar vidros duplos ou a ter atenção ao isolamento de uma casa no acto de compra são alguns dos principais avisos que vão ser dados pelos responsáveis do projecto.

"Muitas vezes, uma lâmpada de Classe A, mais eficiente, é mais cara, pode custar entre cinco a sete euros, quando as normais custam cerca de 1,5 euros. Mas as lâmpadas mais eficientes duram mais", exemplificou Francisco Ferreira.

A ideia do projecto Eco-Casa surgiu porque os responsáveis consideram que, agora que os cidadãos estão sensibilizados para as questões ambientais, "precisam de saber como passar à prática para ajudar".

Integram esta iniciativa associações não governamentais, a administração central (através, nomeadamente, da Direcção-Geral de Energia), universidades e empresas.

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