Violência em várias geografias

Diz o sábio dicionário que “desumanidade” significa “comportamento desumano” e “acção que está repleta de selvajaria e violência”. Não faltam exemplos reais, recentes e em várias geografias. “Atrocidade”, “barbaridade”, “brutalidade” e “crueldade” são alguns dos sinónimos que qualquer um de nós reconhece, mesmo que (felizmente) nunca os tenha presenciado ou vivido.
O assassinato de estudantes na Universidade de Garissa, Quénia (pouco nos importa se eram cristãos ou não) e a “impiedade” em Yarmouk, perto de Damasco (pouco nos importa que nome dão à sua fé e em que deus acreditam) fazem-nos ter vergonha de pertencer a uma espécie de que se esperava um estádio bastante superior à da “animalidade” natural da sobrevivência.
“Por causa da escalada nos conflitos, os refugiados palestinianos estão praticamente isolados em casa, como explicou na segunda-feira Christopher Gunness, da UNRWA. ‘A situação em Yarmouk desceu aos mais baixos níveis da desumanidade’, disse ao New York Times”,  noticiou-se por estes dias.
Outra notícia reveladora da “despiedade” dos nossos tempos: “Um sobrevivente repetiu para as câmaras da televisão a ameaça dos jihadistas: ‘Se encontrarmos algum de vocês a ajudar o Aknaf [Beit al-Maqdis] ou o Governo, cortamos-vos as cabeças.”
Como não queremos também nós render-nos à “barbárie” e desistir da espécie humana, agarramo-nos a exemplos como este, que o Expresso noticiou: “John Mwangi Maina (...) tinha 20 anos. Foi morto quando decidiu voltar à universidade para salvar a sua namorada, que ficou presa dentro do estabelecimento de ensino.” A humanidade há-de prevalecer. Sempre.

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