A United Airlines chegou a acordo com o passageiro que foi retirado violentamente de um avião da companhia no passado dia 10 de Abril, segundo avança a Reuters citando comunicados de advogados do passageiro e da empresa. Não foi especificado o montante que poderá ter estado envolvido no acordo estabelecido.

David Dao, um médico vietnamita de 69 anos, ficou ferido depois de ter sido expulso de um avião da United em Chicago devido a uma situação de overbooking. O episódio foi filmado por outros passageiros e as imagens vídeo correram mundo – e geraram uma onda de contestação à United.

Um dos advogados de Dao, Thomas Demetrio, explica agora, em comunicado, que a United assumiu “toda a responsabilidade pelo que aconteceu no voo 3411, sem tentar culpar outros, incluindo a cidade de Chicago”.

A empresa também anunciou o acordo através de um comunicado: “Temos o prazer de anunciar que a United e o Dr. Dao chegaram a uma resolução amigável do incidente infeliz que ocorreu a bordo do voo 3411”. “Estamos ansiosos por implementar as melhorias que anunciámos, que vão colocar os nossos clientes no centro de tudo o que fazemos”, diz ainda a nota escrita, citada pela Reuters.

Devido à polémica, a companhia chegou a anunciar que iria alterar a sua política de overbooking. Mas antes de o fazer, o CEO da United, Oscar Muñoz, dirigindo-se aos funcionários da companhia aérea, ainda chegou a defender que a equipa a bordo daquele avião, que tinha como destino Saint Louis, “seguiram os procedimentos previstos para lidar com situações como estas”. E apesar de se afirmar “perturbado por ver e ler sobre o que aconteceu”, acusou mesmo o passageiro expulso de ter sido “indisciplinado e beligerante”. Depois, pediu desculpas e prometeu colaborar, acabando por renunciar à posição de chairman da companhia, para a qual deveria ser promovido em 2018.