Trump recua na parceria com a Rússia sobre cibersegurança

O Presidente dos EUA tinha anunciado a proposta de criação de uma unidade de cibersegurança em parceria com Moscovo para impedir pirataria informática em eleições futuras.

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Proposta de unidade de cibersegurança surgiu depois do encontro entre Putin e Trump EPA/MICHAEL KLIMENTYEV / SPUTNIK / KREMLIN POOL / POOL

A ideia de criar uma unidade conjunta de cibersegurança entre os EUA e a Rússia surgiu durante o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin à margem do encontro do G20, mas provavelmente não irá passar do papel. “O facto de o Presidente Putin e eu termos discutido uma unidade de cibersegurança não significa que eu ache que isso pode acontecer. Não pode”, afirmou o Presidente dos EUA.

A suspeita de que a Rússia terá tentado interferir no desfecho das eleições presidenciais foi um dos tópicos abordados pelos dois líderes durante o primeiro encontro que mantiveram, em Hamburgo. Trump garantiu que “pressionou fortemente” o homólogo russo, que “negou veementemente” as acusações. O Kremlin limitou-se a dizer que o Presidente dos EUA aceitou as explicações dadas por Putin.

Ambos concordaram, porém, na necessidade de “fazer avançar” as relações entre os dois países, e uma das provas dessa boa vontade seria manifestada precisamente no âmbito da cibersegurança. “Putin e eu discutimos a criação de uma unidade de cibersegurança impenetrável para que a pirataria informática nas eleições, e muitas outras coisas negativas, seja controlada e protegida”, afirmou Trump, através do Twitter.

A proposta foi amplamente criticada, tanto por democratas como por republicanos. Para o senador republicano Marco Rubio, a ideia é semelhante a propor uma parceria ao Presidente sírio Bashar al-Assad para supervisionar armamento químico.

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