Há um memorando propondo 100 mil guardas para caçar imigrantes? Casa Branca diz que é "falso"

A Associated Press diz ter tido acesso a documento assinado pelo Secretário de Segurança Interna apelando à militarização das detenções de imigrantes.

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O presidente americano tem sido alvo de contestação nas ruas, muito por causa das suas políticas de imigração LUSA/MICHAEL REYNOLDS

Um memorando da Administração Trump, citado pela Associated Press, sugere a adopção de um plano para destacar cerca de 100 mil membros da Guarda Nacional para irem atrás de imigrantes indocumentados, incluindo milhões que vivem perto da fronteira com o México.

Mas, logo a seguir, o porta-voz da Casa Branca desmentiu a notícia. "Isso é 100% mentira", afirmou Sean Spicer, acrescentando que não se trata "de um documento da Casa Branca" e que a notícia é "irresponsável". 

A agência AP diz que este documento, datado de 25 de Janeiro, está assinado pelo Secretário de Segurança Interna, John Kelly, antigo oficial da Marinha.

O memorando de 11 páginas apela a uma militarização sem precedentes das detenções de imigrantes, acrescenta a agência. Estão incluídos os quatro estados que fazem fronteira com o México (Califórnia, Arizona, Novo México e Texas) mas também os contíguos Oregon, Nevada, Utah, Colorado, Oklahoma, Arkansas e Louisiana.

Segundo a proposta que consta do memorando citado pela AP, os governadores dos respectivos estados podem optar por destacarem o seu próprio policiamento. A agência lembra que o corpo da Guarda Nacional já foi usado para policiar a fronteira entre México e Estados Unidos, mas nunca para chegar tão a norte.

Esta nova polémica chega numa altura em que as medidas de Trump anti-imigração estão a ser questionadas. Esta quinta-feira, foi organizado um protesto em todo o país sob o tema de um Dia Sem Imigrantes, em que milhares faltaram aos empregos. O decreto que assinou para fechar as fronteiras a refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos está neste momento suspenso por dois tribunais. Trump disse que queria criar um decreto totalmente novo.

Notícia actualizada com o desmentido da Casa Branca

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