Tribunal do Cairo condena à morte 28 envolvidos em assassínio de procurador-geral

Hisham Barakat foi morto em 2015 quando uma bomba explodiu atingindo o seu carro, numa rua da capital do Egipto.

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Polícia anti-motim no Cairo AMR ABDALLAH DALSH/Reuters

Um tribunal criminal do Cairo condenou à morte 28 pessoas envolvidas num atentado que, em 2015, matou o procurador-geral do país, e condenou ainda outros 15 réus a penas de prisão de 25 anos.

As penas foram confirmadas pelo tribunal depois de ter sido ouvido o Grande Mufti do país (que se pronuncia sobre todas as condenações a pena capital), na sequência de uma recomendação feita pelo tribunal em Junho.

O ex-procurador-geral assassinado, Hisham Barakat, liderava, desde 2013, o polémico julgamento dos membros da Irmandade Muçulmana, declarada “organização terrorista” nesse mesmo ano, com centenas de condenações à morte ou prisão perpétua após a queda do primeiro Presidente eleito do país, Mohamed Morsi.

Entre as condenações à morte estava o próprio Morsi (a pena, que a Amnistia Internacional considerava resultado de um processo que não era mais que “uma charada”, foi entretanto desafiada e Morsi será julgado de novo).

As autoridades egípcias dizem que a Irmandade é responsável pelo ataque em que o procurador morreu – um atentado à bomba que atingiu o seu carro no Cairo – e que parte dos acusados entretanto detidos confessaram tanto o atentado como o terem treinado num campo do Hamas na Faixa de Gaza.

Ambos os grupos negam e a defesa levantou dúvidas sobre as condições em que foram feitas as confissões.

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