Supremo do Brasil autoriza processo criminal contra Collor de Melo

Antigo Presidente brasileiro será julgado por suspeita de ter cometido os crimes de branqueamento de capitais e formação de organização criminosa.

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Ueslei Marcelino

O antigo Presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello, vai ser julgado num processo no âmbito do processo Lava-Jato. O agora senador do estado de Alagoas e os seus cúmplices terão recebido 29 milhões de reais (7,7 milhões de euros) da Petrobras, em subornos, em troca de influência política na BR Distribuidora, uma empresa subsidiária da petrolífera estatal.

O Supremo Tribunal Federal (STF) levou um ano e meio a decidir se autorizaria a justiça avançar com a investigação - como Collor de Melo é senador (membro eleito da câmara alta do Congresso), só poderia tornar-se réu de um processo criminal após a autorização dos juízes do STF. Finalmente, cinco juízes deram luz verde à investigação.

Agora, o antigo Presidente brasileiro será julgado por alegadamente de ter cometido os crimes de branqueamento de capitais e formação de organização criminosa. este processo também são réus a mulher do ex-Presidente, Caroline Collor, e outras seis pessoas.

Collor de Mello renunciou à presidência em 1992, horas antes de ser condenado pelo Senado por crimes relacionados com corrupção. Perdeu os direitos políticos durante oito anos, tendo sido depois eleito senador por Alagoas.

Outros dois senadores estão já a ser acusados no âmbito da operação Lava-Jato: Gleisi Hoffman, a líder do Partido dos Trabalhadores, e Valdir Raupp, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Collor é o terceiro senador a virar réu na Operação Lava Jato – Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO) também já estão no banco dos acusados.

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