Sousa Mendes Foudation grava depoimentos de sobreviventes do Holocausto

Querem ouvir famílias portugueses que ajudaram refugiados

A Sousa Mendes Foundation, com sede nos Estados Unidos, lançou uma iniciativa para gravar os depoimentos de sobreviventes do Holocausto que escaparam com vistos emitidos pelo diplomata português.<_o3a_p>

A fundação já gravou 13 entrevistas e três delas estão disponíveis numa página onde se faz angariação de fundos para continuar o projecto. Cada depoimento custa entre 700 a 1.500 dólares para gravar e editar (cerca de entre 640 e 1.400 euros).<_o3a_p>

"Temos planos de gravar mais 50 ou 60 entrevistas nos Estados Unidos, América do Sul, Europa e Israel. Além dos refugiados do Holocausto, queremos incluir trabalhadores e cidadãos portugueses que prestaram abrigo as famílias judias no seu caminho para a liberdade", explicou a fundação em nota enviada à Lusa.<_o3a_p>

A angariação de fundos, disponível no site crowdrise, já alcançou o objectivo de reunir 25 mil dólares (perto de 23 mil euros). Quem contribuir com mais de 250 dólares (cerca de 230 euros), fica habilitado a uma viagem entre os EUA e a Europa. <_o3a_p>

A Fundação Shoah fez um trabalho semelhante de recolha vídeo, mas deixou de o fazer há alguns anos e, segundo os responsáveis da Sousa Mendes Foundation, "a história dos refugiados que escaparam através de Portugal é uma que está mal contada na sua colecção de entrevistas."<_o3a_p>

A nota sublinha ainda que estes sobreviventes estão com 80 e 90 anos por isso o tempo para captar as suas histórias escasseia. <_o3a_p>

"Esta é uma história importante e dramática, e uma história que não é muito conhecida. Cabe à Fundação capturar estar memórias antes que seja tarde de mais, explica. <_o3a_p>

Nos vídeos já disponíveis é possível conhecer, por exemplo, a história de Eileen Berets, de 85 anos, que recorda a sua fuga da Bélgica, dormindo com a família nas bermas das estradas, e o que sentiu ao ver a Estátua da Liberdade pela primeira vez; ou descobrir o percurso de John Tetzeli, de 82 anos, originário da Checoslováquia, que conta como a sua família foi perseguida pelas actividades antinazi.<_o3a_p>

Todos os vídeos ficarão disponíveis na internet e integrar materiais educacionais que a fundação distribui em escolas e outras instituições. <_o3a_p>

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