Crise na península coreana: Seul propõe conversações com o Norte

A iniciativa visa travar “todas as actividades hostis que elevam a tensão militar”.

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A fronteira entre as duas Coreias é a mais militarizada do globo LUSA/JEON HEON-KYUN

Num gesto raro, a Coreia do Sul propôs conversações militares com a Coreia do Norte para aliviar a tensão provocada pelo teste, por parte de Pyonhyang, de um míssil intercontinental. A acontecer, será o primeiro contacto ao mais alto nível entre os dois países desde 2015.

Su Choo-suk, vice-ministro sul-coreano da Defesa, disse, citado pela Reuters, que os contactos visariam travar “todas as actividades hostis que elevam a tensão militar”.

O encontro proposto teria lugar dia 21 em Tongilgak, um edifício já usado para negociações e situado no posto fronteiriço de Panmunjom.

Pyongyang ainda não respondeu.

O novo Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, vem defendendo um contacto mais próximo com o Norte. Recentemente, na Alemanha, Moon disse que o diálogo com Pyongyan é hoje mais urgente do que nunca e apelou à assinatura de um tratado de paz.

No entanto, os últimos ensaios balísticos levados a cabo pela Coreia do Norte, e que colocam agora parte do território dos Estados Unidos dentro do raio de alcance do seu arsenal, elevaram a tensão na região e motivaram uma nova condenação internacional ao regime de Kim Jong-un. Os Estados Unidos estão a ultimar um novo pacote de sanções contra a Coreia do Norte.

Pyongyang tem também repetido que recusa restabelecer o diálogo com o Sul enquanto Seul não repatriar 12 mulheres norte-coreanas que fugiram para o país vizinho em 2016.

 

 

 

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