Sem Obamacare, 14 milhões vão perder protecção na saúde em 2018
As contas são da Agência do Congresso para o Orçamento.
Analistas dos Estados Unidos projectaram que 14 milhões de pessoas vão perder protecção na saúde no próximo ano com o projecto de lei dos republicanos, que visa acabar com a reforma do sistema de saúde, conhecido como Obamacare.
A Agência do Congresso para o Orçamento (CBO, sigla em inglês) estimou na segunda-feira que o número de pessoas sem seguro de saúde vai crescer para 24 milhões em 2026.
A Lei da Cobertura Médica Acessível, conhecida como Obamacare, foi uma das prioridades do Presidente cessante dos Estados Unidos Barack Obama quando chegou à Casa Branca e tem sido questionada sucessivamente pela oposição republicana.
As projecções aumentam a pressão sobre os republicanos, que contam agora com a maioria no Congresso e o Presidente eleito Donald Trump, para apresentar uma alternativa depois da revogação da Obamacare, como prometeram.
No passado dia 6, a maioria republicana do Congresso apresentou o início da reforma do sistema de saúde criado pelo antigo Presidente Barack Obama.
O Obamacare foi aprovado em 2010 pela maioria democrata e permitiu que mais de 20 milhões de norte-americanos conseguissem aceder a um seguro de saúde.
Os republicanos tentam há anos revogar a reforma, mas nem todos concordam sobre a forma como será feita a substituição, apesar de ser uma prioridade legislativa.
O projecto apresentado suprime a obrigação universal de ter um seguro de saúde e descompromete o Estado federal.
Mas o texto conserva duas das grandes conquistas conseguidas com o Obamacare, nomeadamente a obrigação de os filhos permanecerem no seguro dos pais até aos 26 anos e de continuar a proibir as seguradoras de discriminação dos clientes com base no seu historial médico.