O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou que o Reino Unido vai suspender os voos directos para o Iémen, decisão que surge na esteira ainda da tentativa falhada de atentado terrorista a bordo de um avião de passageiros, no dia de Natal, de Amesterdão para Detroit.

Este anúncio – que Downing Street faz enquanto é esperada a entrada em funcionamento de novas medidas de segurança aérea – surge ao mesmo tempo que do Iémen chegam notícias de que o Exército lançou novos ataques aéreos contra uma quinta onde, de acordo com as autoridades de Sanaa, se encontram membros da organização terrorista Al-Qaeda.

Testemunhas ouvidas pela agência noticiosa francesa AFP indicaram que o alvo dos raides – uma plantação de laranjas – nos arredores da cidade de Marib, continuava a ser sobrevoado por aviões depois de pelo menos dois ataques aéreos ocorridos de manhã.

A aviação iemenita fez esta manhã uma outra operação, visando aqui uma casa em Irk al-Chabwane, vila a cinco quilómetros de Marib, onde se presume estivesse o suposto chefe da Al-Qaeda no país, Ayed al-Shabwani. Fontes militares e tribais anunciaram a existência de vítimas neste ataque, mas não foi referido qual o número.

Shabwani fora dado como morto já antes, num raide ocorrido na semana passada, pelas autoridades iemenitas – o que a Al-Qaeda desmentiu.

O regime de Sanaa lançou uma série de ataques contra presumíveis alvos da organização terrorista em território iemenita, depois de os Estados Unidos e a vizinha Arábia Saudita terem exercido forte pressão sobre o país para lutar contra a Al-Qaeda. O Iémen é um país em significativo risco, enfrentando ao mesmo tempo uma rebelião xiita no seu território a norte e um movimento separatista a sul.