Produtores da Colômbia prolongam braço-de-ferro com o Governo
Jornada de luta dos agricultores contou com o apoio dos camionistas e mineiros, e também das FARC.
Uma semana de greves, protestos e confrontos com a polícia, não rendeu os resultados desejados para os sindicatos e associações de agricultores da Colômbia, que viram o Governo rejeitar qualquer hipótese de negociação.
Os protestos assumiram a maior dimensão até agora graças à solidariedade dos camionistas e mineiros. As acções de luta incluíram vários bloqueios e cortes de estrada, que foram reprimidos pelo Exército. Os sindicatos demarcaram-se de todas as “acções de vandalismo” e lamentaram as cenas de violência em várias localidades.Segundo o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzon, a violência alastrou de Boyaca para outras onze das 32 províncias do país e ainda para Bogotá por efeito da infiltração das FARC.
Pelo seu lado, o ministro do Interior, Fernando Carrillo, considerou que algumas das exigências dos produtores são “justas”, mas sublinhou que “o caminho da violência não levará a nenhuma solução para os problemas, apenas ao aprofundamento da crise”.