Procuradora atribui 19 mortes em protestos na Venezuela às forças de segurança

No total os protestos já fizeram pelo menos 63 mortos. Procuradoria pediu que 19 agentes fossem detidos, mas isso ainda não aconteceu.

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A actuação da procuradora tem sido criticada CRISTIAN HERNÁNDEZ/LUSA

A Procuradora-Geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, disse na sexta-feira que 19 das 63 mortes ocorridas em protestos são atribuíveis às forças policiais e militares que actuam para conter as manifestações.

Numa entrevista à emissora Unión Radio, Ortega disse que dos 63 mortos são atribuídos “certamente, às forças de segurança, 19”. A procuradoria solicitou a detenção de 19 agentes mas tal ainda não aconteceu porque os acusados não foram levados ao Ministério Público.

Ortega Díaz disse que pelo menos 422 pessoas foram detidas por actos violentos relacionados com as manifestações, que começaram a 1 de Abril, e sublinhou que desse total 28 estão detidas por violarem direitos fundamentais.

Na mesma entrevista, a Procuradora-Geral pediu ao Presidente Nicolás Maduro para “reverter” a sua iniciativa de mudar a Constituição através de uma Assembleia Nacional Constituinte. Sublinhando que não se considera uma adversária política de Maduro, Ortega Díaz declarou que “gostaria que, à luz do que está a ocorrer no país, revertesse essa Constituinte”.

A procuradora disse ainda que o Executivo devia pedir ao Conselho Nacional Eleitoral para adiantar as eleições regionais, que deveriam ter-se realizado no final de 2016 e que foram adiadas para 10 de Dezembro deste ano.

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