Advogada brasileira é a vítima mortal do acidente em Nova Jérsia

Descarrilamento de comboio provocou mais de 100 feridos, muitos em estado grave.

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Reuters

Um acidente de comboio nos arredores de Nova Iorque provocou pelo menos um morto e cerca de uma centena de feridos, muitos deles em estado grave. A vítima mortal é a advogada brasileira Fabíola Bittar de Kroon, detalha o New York Times. A Reuters e a AFP chegaram a apontar para a existência de três mortos, citando os media locais, mas o governador de Nova Jérsia, Chris Christie, confirmou apenas uma vítima mortal, número que se manteve até ao final da noite. De acordo com a AFP, o motorista é um dos feridos graves e encontra-se internado no hospital, onde está a colaborar com as investigações.

O comboio, que transportava 250 passageiros, não conseguiu parar no fim da linha e chocou com a estação de Hoboken, Nova Jérsia, em plena hora de ponta. Há relatos de que a composição saltou da linha, embatendo na zona dos torniquetes e na área de recepção.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram grandes danos na estação, onde caiu uma estrutura metálica que fazia de tecto em parte do terminal.

"Quando cheguei ao local, vi gente a correr, muitos feridos, alguns certamente em estado grave. Há claramente muitos danos. O tecto [da estação], ou melhor uma parte do tecto da estação, desabou", contou à AFP Pancho Bernasconi, director da agência de fotos Getty, que estava no local.

Um passageiro descreveu à BBC um cenário de “horror”. “Estava a caminho do trabalho. Estava a meio da plataforma quando vi um comboio na minha direcção. Vinha a toda a velocidade e chocou com o edifício”, contou Mark Cardona. “Gelei. Pessoas gritavam. O tecto começou a colapsar e fugi”.

O comboio saiu de Spring Valley, Nova Iorque, às 7h23 locais (11h23, hora de Portugal continental) e descarrilou em Hoboken às 8h45 (12h45, hora de Portugal continental), revelou a porta-voz da New Jersey Transit, a transportada responsável por esta linha, citada pelo Guardian.

Já foi aberta uma investigação para apurar as causas do acidente. Segundo a AP, os caminhos-de-ferro americanos têm até ao final de 2018 para instalar um sistema para reduzir a velocidade dos comboios em caso de emergência, mas o comboio que agora descarrilou ainda não estava equipado com esse sistema. 

O Governo português desconhece se há portugueses entre os feridos. "De acordo com as nossas responsabilidades, acompanhamos, com os nossos serviços consulares, a dimensão do acidente e para verificar se há ou não portugueses", disse o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, citado pela Lusa.

Hoboken situa-se em frente a Manhattan, do outro lado do rio Hudson. Ainda não se sabe quando é que a estação vai ser reaberta ao público. Bella Dinh-Zarr, vice-presidente da empresa responsável pela segurança dos transportes, disse à BBC que a empresa está a avaliar se existe alguma relação entre o acidente desta quinta-feira e um acidente que ocorreu na mesma estação, em 2011.

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