Papa compara notícias falsas a fascínio por fezes

Papa Francisco criticou os media que divulgam e espalham notícias falsas.

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AFP/ETTORE FERRARI

O Papa Francisco lançou duras críticas aos media que espalham e se concentram em escândalos e notícias falsas, afirmando que correm o risco de se tornarem pessoas que possuem o fascínio mórbido por… excrementos.

Em entrevista ao semanário católico belga Tertio, e citado pela Reuters, Francisco realçou que espalhar a desinformação é “provavelmente o maior estrago que os media podem fazer”, garantindo que este tipo de actividade em vez de educar o público é um pecado.

Utilizando uma terminologia curiosa e pouco comum, o Papa afirmou que a comunicação social deve evitar a “coprofilia” – nome dado a um invulgar interesse e excitação provocada por fezes. E, segundo o líder da Igreja Católica, aqueles que consomem histórias falsas correm o risco de se tornarem coprofágicos. Isto é, pessoas que ingerem fezes.

“Penso que os media têm de ser muito claros, muito transparentes, e não cair – sem ofensa – na doença da coprofilia, que é querer sempre cobrir escândalos, cobrir coisas más, mesmo que sejam verdade”, afirmou Francisco. “E desde que as pessoas têm a tendência da doença da coprofagia, acontecem muitos danos”.

Além de tudo isto, o Sumo Pontífice falou ainda no perigo de se utilizar a comunicação social para atingir e caluniar rivais políticos: “Os meios de comunicação têm as suas próprias tentações, podem ser tentados pela calúnia, e, portanto, podem ser usados para caluniar pessoas, para as difamar”. Isto, na opinião do Papa, “é um pecado e é doloroso”.

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