Homem que atacou polícias em Paris era suspeito de radicalização

Carro chocou com uma carrinha da polícia nos Campos Elísios e explodiu. Atacante morreu - tinha uma kalashnikov, revólveres e munições.

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EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON
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Um homem de 39 anos, que já era conhecido pelas autoridades e tinha “ficha S” — de suspeito de radicalização e ameaça à segurança — chocou a sua viatura com uma carrinha de polícias que circulava nos Campos Elísios, em Paris, perto dos jardins do palácio presidencial.

A polícia já disse que se tratou de “um acto voluntário” — o carro explidiu na colisão, o atacante morreu.

Segundo a estação de televisão francesa BFMTV, a polícia encontrou no interior da viatura uma metralhadora kalashnikov, revólveres, munições e botijas de gás. Uma brigada de minas e armadilhas inspeccionou o veículo.

Não há feridos entre os polícias.

A carrinha da polícia circulava nos Campos Elísios, junto ao jardim do Palácio do Eliseu, quando o carro saiu da sua faixa e chocou contra ela.

O corpo policial e militar patrulha as ruas de Paris ao abrigo do estado de emergência decretado após os atentados realizados por radicais islâmicos em Paris em Novembro de 2015 (morreram 130 pessoas). Seguiram-se outros atentados no país e as forças policiais e militares têm sido alvo de ataques nos últimos meses.

 m Fevereiro, um homem esfaqueou um militar em patrulha junto ao Museu do Louvre, depois de ter entrado no recinto e recusado que a sua mochila fosse revistada. O militar ficou ferido mas sem gravidade, o atacante foi atingido com tiros na barriga e ficou em estado grave.

Em Abril, um carro da políca foi atacado nos Campos Elísios, tendo um polícia sido atingido a tiro - o grupo islamista Daesh reivindicou o atentado.

No início de Junho, outro homem agrediu um polícia com um martelo na escadaria da Catedral de Notre Dame. Gritou “Isto é pela Síria” antes de atacar — foi morto pela polícia.

"Mais uma vez fica provado que o nível da ameaça em França é muito elevado", disse o ministro do Interior, Gerard Collomb, que falou aos jornalistas perto do local do ataque desta segunda-feira.

O Presidente Emmanuel Macron anunciou em Maio que o seu Governo iria pedir ao Parlamento - onde o seu partido A República em Marcha detém uma esmagadora maioria, ganha nas legislativas de domingo - para alargar os poderes para realizar buscas e prender ao abrigo do estado de emergência. Quer passar para a legislação comum o estado de emergência, proposta que será debatida quarta-feira no Conselho de Ministros. Isso significaria que deixaria de ser necessária a autorização de um juiz para aplicar as medidas do estado de emergência. A proposta foi contestada por magistrados e grupos de defesa dos direitos humanos.

 

 

 

 

 

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