Obama e Xi dizem que não querem ensaio de míssil da Coreia do Norte

Presidentes da China e dos EUA propõem resolução no Conselho de Segurança "forte e de grande impacto" contra o regime de Kim Jong-un.

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Xi e Obama disseram que não tolerariam que o regime de kim Jong-un dispusesse de armas nucleares KCNA/REUTERS

Os Presidentes chinês, Xi Jinping, e o norte-americano, Barack Obama, concordaram numa conversa telefónica esta sexta-feira que o ensaio de um míssil balístico que a Coreia do Norte está a planear fazer representa “uma acção provocante e desestabilizadora”.

Os dois líderes sublinharam a “importância de uma resposta internacional forte e concertada às provocações da Coreia do Norte, incluindo através de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas de grande impacto”. Estão a ser preparadas novas sanções contra Pyongyang, que foram anunciadas como “mais extensas e significativas”.

Xi e Obama disseram ainda que iriam coordenar esforços para responder ao teste nuclear de Pyongyang do início de Janeiro e que não aceitariam a Coreia de Norte como um Estado com armas nucleares. A 6 de Janeiro, a televisão estatal norte-coreana anunciou a detonação “muito bem sucedida” de uma bomba de hidrogénio. A notícia gerou reacções firmes em vários pontos do mundo – para além de cepticismo por parte de vários especialistas – e terá deixado o Governo chinês particularmente inquieto – até porque não recebeu qualquer aviso prévio de que este ensaio ia acontecer. 

Este contacto entre os dois Presidentes, revelado pela Casa Branca, surge depois de Pyongyang ter avisado as Nações Unidas de que pretende lançar um foguetão com o que denominou um satélite de observação da Terra algures entre 8 e 25 de Fevereiro. As reacções internacionais a este anúncio foram de repúdio – governos e outras organizações vêem este lançamento como o teste de um novo míssil balístico, uma tecnologia que, até certo ponto, se assemelha aos foguetões.

Imagens de satélite obtidas esta semana pelos Estados Unidos da base militar de Sohae, a partir de onde já foram lançados outros mísseis, mostram o que parecem ser tanques de combustível junto a uma rampa de lançamento, diz a agência Reuters, citando o think tank 38 North, que monitoriza o que se passa no país de Kim Jong-un.

O combustível estaria a ser transferido para depósitos em bunkers, e não para o foguetão. “No passado, verificou-se este tipo de actividade uma a duas semanas antes de um lançamento, pelo que isto seria consistente com a janela de tiro do anúncio feito pela Coreia do Norte”, diz o relatório do 38 North. 

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