O que é que Juncker não tem? Um smartphone

O presidente da Comissão Europeia admitiu que ainda não aderiu aos smartphones. O telemóvel que utiliza é um clássico e antigo Nokia.

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Muitos diriam que ainda não chegou ao século XXI. Ou até mesmo que vive fora da realidade e distanciado do resto do mundo. Algo estranho para alguém que ocupa a presidência da Comissão Europeia. Mas foi o próprio que o admitiu: Jean-Claude Juncker ainda não aderiu ao smartphone.

“Eu não o deveria dizer, mas tenho de o dizer: eu ainda não tenho um smartphone”, afirmou luxemburguês em conferência de imprensa e citado pela BBC. Isto dez anos depois de a Apple ter apresentado o iPhone ao mundo.

A confissão surgiu no lançamento da presidência europeia da Estónia. Aliás, o facto de Juncker não ter ainda entrado na forma de comunicação moderna fez com que o primeiro-ministro estónio o convidasse a visitar o país através de um meio, pensariam alguns, já extinto: “Ele enviou-me, como no século XIX, um postal a convidar-me para ir a Tallinn”.

O momento em que a confissão foi feita não é coincidência. É que a Estónia é um dos países do mundo mais digitalmente conectado e está prestes a introduzir o método digital de votação. Além disso, planeia, durante os seis meses de liderança da União Europeia, trazer para a agenda europeia a evolução e inovação digital. Por isso, não surpreende que o antigo primeiro-ministro do Luxemburgo diga que nunca poderia "ser primeiro-ministro da Estónia. Seria totalmente impossível”.

A BBC ouviu fontes da União Europeia para perceber afinal que telemóvel tem o presidente da Comissão Europeia. É um velho Nokia, tão popular há alguns anos.

Desde que chegou à presidência da Comissão Europeia, Juncker protagonizou já alguns momentos insólitos, como por exemplo os efusivos cumprimentos, normalmente acompanhados por beijinhos e apertados abraços, ou o coração que desenhou na carta dirigida a António Guterres quando este foi eleito secretário-geral das Nações Unidas.

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