O Papa Francisco rezou em Amatrice, destruída pelo sismo de Agosto

Jorge Bergoglio visitou a região mais afectada pelo terramoto de 24 de Agosto para deixar uma mensagem de esperança, como prometera numa missa poucos dias depois da tragédia.

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O Papa caminhou sozinho entre os destroços que ainda fazem parte do dia-a-dia de Amatrice REUTERS/Osservatore Romano/Handout via Reuters
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Uma fotografia em jeito de homenagem aos bombeiros da cidade REUTERS/Osservatore Romano/Handout via Reuters
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Francisco visitou a chamada "zona vermelha" de Amatrice, que continua fechada aos residentes REUTERS/Osservatore Romano/Handout via Reuters
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O Papa falou com vários residentes, numa visita em que quis estar perto das pessoas REUTERS/Osservatore Romano/Handout via Reuters
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Sozinho, de cabeça baixa, a rezar no meio de uma rua ainda cheia de destroços, com a simbólica Torre Civica, cujo relógio ficou parado à hora do sismo – 3h36 da madrugada – ao fundo. É uma das imagens do Papa Francisco, que esta terça-feira de manhã fez uma visita de surpresa a Amatrice, uma das zonas mais afectadas pelo sismo que a 24 de Agosto assolou o centro de Itália e fez 290 mortos.

Jorge Bergoglio cumpriu assim a promessa que fez no último domingo de Agosto, durante a missa na Praça de São Pedro, de visitar as populações que mais sofreram com o terramoto, nomeadamente Amatrice, Accumoli e Pescara del Tronto. E há dias, no regresso do Azerbaijão, reiterara que tencionava fazer uma visita “privada, a sós, como sacerdote, como bispo, como Papa”, sem a atrapalhação dos grandes eventos oficiais, para poder estar perto das pessoas afectadas.

De acordo com a Agência Ecclesia, a Papa fez-se acompanhar pelo bispo de Rieti, D. Domenico Pompili, e começou a visita, por volta das 9h10 locais, pela escola provisória construída em pré-fabricados coloridos pela protecção civil italiana. Apesar de a escola que frequentavam ter sido alvo de obras há alguns anos e dotada com estruturas anti-sísmicas, o edifício não resistiu ao terramoto que atingiu a magnitude 6,2 na escala de Richter. Desde então registaram-se mais de 300 réplicas.

“Pensei bem, nos primeiros dias destas tantas dores, que a minha visita talvez fosse mais um peso do que uma ajuda, uma saudação, e não queria incomodar-vos; por isso, deixei passar um pouquinho de tempo para que ficassem prontas algumas coisas, como a escola”, afirmou Francisco, citado pela agência. O Papa quis deixar uma mensagem de confiança e esperança, incentivando os populares a irem “em frente” porque “há sempre um futuro” apesar das adversidades. “Caminha-se sempre melhor juntos; sozinhos não se consegue”, acrescentou.

O Papa, que chegou a Amatrice num pequeno carro de vidros escuros, e a sua curta comitiva circularam depois pela parte da cidade com maior grau de destruição, a chamada zona vermelha que se encontra encerrado devido ao risco de derrocadas. Em seguida almoçou com um grupo de 60 idosos que perderam a casa no terramoto.

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