O ataque contado por testemunhas

Radoslaw Sikorski, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, estava perto da Ponte de Westminster e captou algumas imagens com o telemóvel.

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Toby Melville/Reuters

Mike Jephcott, 38 anos

Estava a trabalhar no Royal Institute of Chartered Surveryors, com vista para a praça em frente ao Parlamento, quando ouviu três tiros. "Olhei para o meu colega e disse: 'Tenho a certeza de que são tiros'", contou ao Guardian. "A polícia andava a correr de um lado para o outro."

"Vimos o carro ao lado do Big Ben. Foi bastante assustador. Os nossos escritórios estavam fechados pela polícia e agora pediram-nos para sair."

Matt Haikin, 44 anos

Chegou ao local imediatamente depois de uma pessoa ter sido atropelada por um carro e de terem sido disparados tiros nos terrenos do Parlamento. Contou ao Guardian que teve medo de que estivesse a acontecer outro ataque como o de Paris.

"Vinha de bicicleta desde o West End e vi um carro preto no passeio mesmo ao lado do Big Ben, com a parte da frente toda esmagada e um corpo ao lado. Pensei que tinha sido só um acidente e continuei a pedalar, até que reparei nas pessoas a correr de um lado para o outro e pensei 'O que é que se passa?' Alguns segundos depois, ouvi tiros vindos do interior dos terrenos do parlamento. Foi aí que me apercebi que isto não era um acidente normal." Haikin disse que o corpo ao pé do carro "não se mexia" que e havia muito sangue.

"Havia estudantes aos gritos porque havia muito sangue. Isto pareceu-me ser uns dez segundos depois [de ter ouvido os disparos], mas pode ter passado mais tempo porque nessa altura já estava a começar a sentir-me um pouco assustado. Acho que houve três ou quatro disparos, mas não posso jurar."

Matt Haikin disse ainda que os tiros vieram do pátio que fica em frente ao Palácio de Westminster. "Ao olhar [pelas grades] havia pessoas a andar de um lado para o outro e acho que havia alguns corpos no chão. Não percebi se estavam feridos ou se lhes tinham pedido para se deitarem. Nesse momento a polícia começou a aparecer e estavam a obrigar toda a gente a recuar."

"Senti-me chocado. Nesse momento pensei que isto talvez fosse uma situação maior e comecei a ficar assustado, mas acalmei-me rapidamente e depois só pensei 'merda, o que é que se passa?'"

Tawhid Tanim

Este comercial que trabalha na zona contou ao Financial Times que estava mesmo à saída da estação de metro de Westminster, à espera de um amigo para tomar chá.

"De repente ouvi três tiros: pum, pum, pum. Estava mesmo perto. E as pessoas começaram a fugir." Em seguida viu um carro embater contra a vedação do Parlamento, e o que parecia ser uma pessoa debaixo do veículo. "As pessoas estavam a correr como se tivessem perdido a cabeça. Corriam como loucas", disse.

Radoslaw Sikorski, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia

Estava num táxi em direcção à Ponte de Wetminster quando ocorreu o ataque, e disse ao Financial Times que viu pessoas feridas deitadas na estrada. Também gravou um curto vídeo do que aconteceu logo após o ataque.

"Não vi o carro a passar por nós, mas ouvi um impacto que soou como uma colisão sem grande importância. Tirei os olhos do telemóvel e vi pessoas feridas, deitadas na estrada e na berma."

"Vi cinco pessoas, incluindo uma que parecia estar inconsciente e uma que estava a sangrar muito da cabeça. Algumas mexiam-se e já estavam a ser ajudadas."

"À primeira vista pensei que tinha sido um acidente, mas quando vi cinco pessoas no chão num espaço de algumas centenas de metros, percebi que devia ter sido deliberado."

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia disse que os atropelamentos aconteceram na zona sul da ponte, mais perto do Hospital St. Thomas. O primeiro pensamento que teve foi que estava a acontecer "uma repetição de Nice".

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