Novos cônjuges de chefes de Estado divorciados já são recebidos no Vaticano

O Papa Francisco vai divulgar as suas conclusões sobre os sínodos da família e espera-se que insista na participação cada vez maior das pessoas "em situação irregular" na vida da Igreja.

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O Presidnete argentino, Mauricio Macri, com o Papa e a terceira mulher, Juliana Awada Claudio Onorat/Reuters

Os chefes de Estado católicos que se divorciaram e voltaram a casar já podem levar os novos conjuges quando são recebidos pelo Papa no Vaticano.

O primeiro a beneficiar desta mudança de atitude para com os católicos divorciados que voltaram a casar foi o Presidente argentino, Mauricio Macri, que no sábado passado foi recebido pelo Papa Francisco e tinha ao seu lado a terceira mulher, Juliana Awada.

O departamento de imprensa da Santa Sé não desmentiu a notícia avançada ontem pelo site Vaticano Insider, mas recusou comentar o tema, diz a AFP.

Segundo o Vaticano Insider, foi a pedido de Francisco que a secretaria de Estado alterou as regras do protocolo das visitas oficiais dos chefes de Estado católicos. A Igreja Católica não reconhece o divórcio, uma premissa que não é alterada com esta mudança protocolar.

Até agora os conjuges dos chefes de Estado divorciados esperavam, numa sala, que a audiência terminasse para serem saudados pelo Papa, separadamente. Agora podem juntar-se aos conjuges finda a audiência e figurar na fotografia oficial da visita.

O Vaticano Insider diz que com esta nova prática o Papa quer que os divorciados se mantenham "integrados na vida da Igreja".

Nas próximas semanas, o Papa Francisco vai divulgar as suas conclusões sorbe os dois sínodos que se realizaram sobre a família, em 2014 e 2015. Trata-se de um documento que está a gerar grande expectativa. Não se espera que Francisco anuncie uma revolução nos dogmas, mas prevê-se que insista na participação cada vez maior das pessoas "em situação irregular" (classificação em que caem os divorciados) na vida da Igreja.

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