Nova Zelândia contrata antigo director de campanha de Trump para facilitar acesso aos EUA

Embaixada neozelandesa em Washington contratou os serviços da empresa de Stuart Jolly para fazer lobby junto da administração norte-americana para garantir vistos a empresários e investidores.

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Stuart Jolly foi um dos responsáveis pela campanha de Trump durante as primárias do Partido Republicano Twitter

A Nova Zelândia contratou um antigo director de campanha de Donald Trump para ajudar na obtenção de um visto, há muito desejado, que daria aos empresários do país um acesso mais facilitado aos EUA.

A embaixada neozelandesa em Washington contratou a empresa Sonoran Policy Group, de Stuart Jolly, para encetar contactos, e para realizar o chamado lobby, junto da nova administração norte-americana para aceder aos vistos de empresários e de investidores, diz a Reuters que consultou documentos pertencentes à base de dados do Governo americano da semana passada.

Jolly foi o director de campo nacional da campanha de Trump nas primárias do Partido Republicano e, em Maio, juntou-se, como conselheiro nacional, ao grupo de apoio do novo Presidente dos EUA, PAC Great America.

Numa carta enviada no último dia 11 de Janeiro ao vice-embaixador da Nova Zelândia nos EUA, o director-executivo da Sonoran Policy Group, Christian Bourge, afirmou estar “entusiasmado por ajudar a facilitar as interacções com o Congresso dos EUA e a nova administração para assegurar o aumento do investimento e comércio entre as nossas duas nações”. A nota escrita foi incluída na base de dados governamental de relações externas no passado dia 25. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia não se mostrou disponível a comentar a notícia.

Este tipo de vistos, denominado de E1 e E2, é desde há muito uma prioridade para o Governo neozelandês por permitirem às empresas que operam nos EUA concederem documentos simplificados aos seus funcionários em linha do que é realizado na vizinha Austrália e em outros cerca de 50 países. A directora da empresa Export NZ, Catherine Beard, explicou à Reuters que esta tem sido a prioridade número um da embaixada em Washington, e que este tipo de vistos são oferecidos no âmbito de um acordo de livre comércio, algo que a Nova Zelândia tem também tentado negociar junto das administrações americanas.

Segundo os documentos consultados, o contrato entre a Soronan e a embaixada neozelandesa teve início no dia 9 de Janeiro e tem um custo de 25 mil dólares por mês.

A Nova Zelândia manifestou o seu desagrado com a desistência por parte da administração Trump do acordo de comércio transpacífico, e agora tenta outras vias para alcançar um acordo bilateral alternativo.

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