Carlos Moedas apela a uma resposta europeia e global ao terrorismo

Carlos Moedas advoga “mais poder” para as instituições de segurança europeias para que estas possam intervir no combate ao terrorismo.

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Nuno Ferreira Santos

O comissário europeu com a pasta da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, ao comentar no final desta manhã, em Beja, o atentado terrorista que ocorreu na segunda-feira à noite em Manchester e que provocou 22 mortos e 59 feridos, vincou a necessidade de “partilhar mais a informação entre os vários governos” de forma a travar os ataques terroristas. Mas frisou que não tem sentido “fechar as fronteiras, como defendem os populistas".

Um dos caminhos, prosseguiu o comissário europeu, “passa pelas polícias saberem quem são estes criminosos”. Mas, ao mesmo tempo, os cidadãos europeus têm de assumir “o que é que querem da Europa”, advertindo que a solução para travar os atentados terroristas só será possível se for encarada a “nível europeu e global”. Para o comissário europeu, este problema “não pode ser resolvido apenas ao nível dos países”.

Carlos Moedas defende “mais poder” para as instituições de segurança europeias para que estas possam intervir no combate ao terrorismo, recordando como foi difícil ver aprovado no Parlamento Europeu o registo de passageiros nos aviões. O crescendo de atentados à bomba impõe mais do que nunca um registo de entradas e saídas na Europa, defende.

O comissário deixou um apelo: “Temos de ter capacidade de não reagir emocionalmente, mesmo sabendo que as emoções vêm à flor da pele quando vemos que as vidas destruídas são de crianças e jovens, mortos numa acção dramática, atroz e cobarde”.

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