Multidão apanhada numa partida acenou a Trump com bandeiras da Rússia

As bandeiras com as cores russas foram escolhidas para aludir às alegadas ligações da equipa de Trump a Vladimir Putin.

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“A maioria das pessoas não se apercebeu que era uma bandeira da Rússia, ou não se importaram”, contou Jason Charter, um dos homens por trás da partida Reuters/KEVIN LAMARQUE

Um par de infiltrados pregou uma partida na Conferência de Acção Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), esta sexta-feira, conseguindo que a multidão acenasse orgulhosamente ao Presidente norte-americano com pequenas bandeiras com o nome "Trump" – que eram, na realidade, bandeiras russas.

A brincadeira foi apanhada quase imediatamente pela organização da CPAC, no estado do Maryland, que começou a recolher as bandeirinhas – de riscas brancas, azuis e vermelhas, numa alusão às alegadas ligações de Donald Trump à Rússia e a Vladimir Putin – logo no início do discurso do Presidente.

A recolha, no entanto, não foi a tempo de evitar que as imagens se espalhassem nas redes sociais.

Tratou-se de uma partida orquestrada pelos activistas Jason Charter e Ryan Clayton, ambos associados ao grupo de protesto Americans Take Action, no terceiro dia da conferência conservadora.

Jason Charter afirmou que as mil bandeiras, que trouxeram para alertar para o perigo das alegadas ligações de Trump à Rússia, desapareceram rapidamente das suas mãos. “A maioria das pessoas não se apercebeu que era uma bandeira da Rússia, ou não se importaram”, contou à revista The Atlantic.

“Donald Trump está a vender os EUA”, afirmou o activista ao Huffington Post. “Putin escolheu Trump porque é bom para a Rússia, e não porque é bom para a América. Temos que destituir Trump imediatamente, ele é um traidor ao país que amo”, declarou Ryan Clayton ao Buzzfeed

No seu discurso perante a plateia conservadora, o Presidente americano denunciou aquilo que considera serem "notícias falsas" e acusou os jornais de "inventarem fontes". Dando sequência à guerra contra a comunicação social, Trump repetiu a acusação de que estes órgãos são os principais "inimigos do povo americano".

Os funcionários do CPAC ainda não emitiram uma declaração sobre o incidente, de acordo com o site de fact-checking Snopes.

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