Bloomberg confirma que admite concorrer às eleições presidenciais dos EUA

Antigo mayor de Nova Iorque equaciona candidatura independente, principalmente se Donald Trump e Bernie Sanders forem os escolhidos.

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Bloomberg diz que os debates eleitorais têm sido um "ultraje" e um "insulto" aos eleitores REUTERS/Kevin Lamarque

O magnata Michael Bloomberg, ex-mayor de Nova Iorque e proprietário de um grupo de informação financeira, admitiu nesta segunda-feira, em declarações ao Financial Times, concorrer às eleições presidenciais nos EUA, confirmando as notícias avançadas em Janeiro.

Como independente, a sua entrada reconfiguraria o campo de candidatos principalmente no Partido Republicano, onde Donald Trump tem liderado as sondagens nacionais.

Como que a justificar a sua candidatura, Bloomberg aludiu ao nível "banal" dos discursos e debates, classificando-os como "ultraje" e "insulto" para os eleitores.

Em Janeiro, o New York Times noticiava que Bloomberg poderia concorrer como independente e ter a candidatura financiada por mil milhões de dólares de uma fortuna estimada, conforme as versões, em entre 39 mil milhões e 49 mil milhões de dólares.

A eventualidade da entrada de Bloomberg na corrida presidencial levou, no passado, Ted Cruz a declarar-se "muito feliz" e o candidato democrata Bernie Sanders a comentar que os EUA estão a "mover-se de uma democracia para uma oligarquia".

A ideia de Michael Bloomberg é apresentar-se como candidato independente na eventualidade de Donald Trump ser o nomeado do Partido Republicano e Bernie Sanders vencer as primárias no Partido Democrata. O ex-mayor de Nova Iorque considera que aqueles dois candidatos têm visões radicais, e que a sua entrada em cena daria aos eleitores uma escolha mais ao centro.

A generalidade dos analistas considera que uma candidatura de Michael Bloomberg roubaria mais votos ao Partido Democrata do que ao Partido Republicano – o magnata, que foi do Partido Democrata durante a maior parte da sua vida, que mudou para o Partido Republicano em 2001 e que se tornou independente em 2007, é conservador em termos económicos mas muito liberal em termos sociais, defendendo uma postura ainda mais forte no controlo de armas do que aquela que é anunciada publicamente pelo Presidente Barack Obama.

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