Mazen e Sharon fazem compromissos em nome da paz

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Mazen apelou ao final das incursões e à libertação dos prisioneiros; Sharon renovou o pedido para o fim dos ataques anti-israelitas Jim Hollander/EPA

Os primeiros-ministros palestiniano, Abu Mazen, e israelita, Ariel Sharon, fizeram hoje um apelo conjunto à paz no Médio Oriente, um processo apenas possível através de "diálogo, discussões e negociações".

Falando aos jornalistas antes de uma reunião no gabinete do Governo israelita, em Jerusalém, Sharon começou por afirmar que Israel não pretende dominar ou decidir o futuro dos palestinianos, sublinhando, porém, que a paz não será possível enquanto continuar o "terror" contra o povo israelita.

O primeiro-ministro israelita disse-se disposto a "pagar o preço necessário" pela paz, afirmando não ter "dúvidas de que a imagem que sairá do dia de hoje para o povo de Israel e o povo palestiniano e para o mundo inteiro é de esperança e optimismo".

"Temos a oportunidade de criar um futuro melhor, um melhor caminho, um futuro de oportunidades e esperança. Tudo isto parece muito mais realizável do que no passado", continuou Sharon, deixando claro que a sua "primeira e principal responsabilidade é a segurança de Israel e dos seus cidadãos".

Por sua vez, Mazen garantiu que o povo palestiniano deseja terminar o conflito com Israel, acrescentando que o único caminho para o progresso é através do "diálogo, discussões e negociações".

"O nosso conflito com Israel é um conflito político e acabará com soluções políticas. Não temos qualquer animosidade em relação ao povo israelita e não temos interesse em continuar o conflito", disse o primeiro-ministro palestiniano.

Mazen apelou ao fim das operações de liquidação e incursões militares israelitas e à libertação dos prisioneiros palestinianos. "As mortes e as destruições apenas provocam o ódio e a hostilidade", continuou, assegurando que os palestinianos apenas "procuram a paz", "uma paz que resolva todas as questões sobre o estatuto final" dos territórios palestinianos e que "dará aos palestinianos os seus direitos nacionais e permitirá a criação de um Estado palestiniano".

O responsável defende uma paz "onde a cooperação substituirá a dúvida, onde os prisioneiros serão libertados e onde os interesses comuns [dos dois povos] serão as garantias fundamentais para continuar a sua cooperação".

Delineadas as propostas para a paz e assegurado o seu compromisso para terminar com o conflito israelo-palestiniano, os dois primeiros-ministros cumprimentaram-se com um aperto de mão, sem aceitar qualquer questão dos jornalistas presentes.

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