Londres: terceiro atacante identificado. Tinha sido detido em Itália no ano passado

Youssef Zaghba era filho de um marroquino e de uma italiana. Autoridades britânicas dizem que não estava sob investigação.

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Youssef Zagh,lo terceiro atacante de Londres EPA
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Khuram Shazad Butt (à esquerda) e Rachid Redouane (à direita) são os dois atacantes confirmados pela polícia Reuters/HANDOUT

Youssef Zaghba, filho de um marroquino e de uma italiana, é o terceiro atacante de Londres, avança o jornal italiano Corriere della Sera. A informação foi confirmada pela unidade de anti-terrorismo britânica.

Zaghba estava referenciado pelos serviços secretos italianos, depois de ter sido detido em Março do ano passado em Bolonha, quando se preparava para viajar para a Turquia e depois para a Síria.

O Comando Metropolitano de Anti-Terrorismo esclareceu que Zaghba "não estava sob investigação da polícia ou do MI5 [serviços de segurança interna britânico]".

Ainda segundo o jornal italiano, Youssef Zaghba, nascido em Fez em 1995, trabalhava num restaurante em Londres.

Na segunda-feira a polícia britânica já tinha revelado os nomes de dois dos autores do atentado que matou sete pessoas e feriu 48: Khuram Shazad Butt e Rachid Redouane. Os três atacantes foram mortos pela polícia no sábado.

Khuram Shazad Butt era cidadão britânico de origem paquistanesa e tinha 27 anos. Estava sinalizado pela polícia devido ao seu vínculo ao islão radical. Tinha sido afastado da mesquita que frequentava no bairro de Barking (Leste de Londres) devido aos seus comentários extremistas e comportamento, segundo a imprensa britânica.

O outro atacante era Rachid Redouane (também conhecido pelo apelido Elkhdar), de 30 anos, que dizia ser marroquino e líbio. Este não era conhecido da polícia.

Khuram Shazad Butt — é o homem filmado com uma camisola do Arsenal na noite de 3 de Junho e que os vizinhos disseram que era adepto — radicalizou-se nos últimos anos, a partir de 2012. Em 2014, Khuram e a família — a mulher e dois filhos — foram ao Paquistão. No regresso, conta o jornal espanhol El País, foi entrevistado para um documentário sobre jihadistas britânicos — "Os jihadistas da porta ao lado", que o Channel 4 passou no ano passado — e foi filmado numa disputa com a polícia por rezar perante uma bandeira negra, semelhante à do grupo Daesh, num parque de Londres.

Era próximo de Al-Muhajiroun, um grupo considerado terrorista e cujo líder está na prisão por recrutar jihadistas para a Síria e Iraque.

A polícia britânica revelou que esta terça-feira foi detido um homem de 27 anos durante uma operação em Barking. No dia seguinte ao atentado, foram detidas 12 pessoas, acabando todas por ser libertadas sem acusações.

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