Quinze anos de prisão para estudante que colocou bomba artesanal no metro de Londres

Britânico criou o engenho explosivo com o recurso a um artigo de uma revista com ligações a al-Qaeda.

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Reuters/HANDOUT

Um estudante foi condenado nesta sexta-feira a 15 anos de prisão, por ter deixado uma mala com uma bomba caseira numa estação do metro em Londres. O caso ocorreu em Outubro de 2016.

À agência Reuters, Damon Smith afirmou que tudo não passava de uma brincadeira e que o engenho apenas iria libertar fumo. Smith, de 20 anos, que sofre de autismo, construiu o engenho explosivo de acordo com um artigo de uma revista online ligada a al-Qaeda. O artigo ensinava, passo a passo, como construir uma bomba.

O alerta foi dado pelos passageiros que seguiam no metro e que avistaram a mala. Apesar de a bomba não ter detonado, o comandante da polícia, Daen Haydon, declarou à mesma agência noticiosa que o aparelho “era viável” e que “foi uma sorte” nada de grave ter acontecido.

Nas buscas realizadas à casa do jovem, a polícia encontrou uma pistola, uma faca, uma soqueira e alguns componentes utilizados para criar a bomba. Ao analisaram as redes sociais de Damon, os polícias encontraram vídeos relacionados com explosivos de que o jovem tinha gostado. No seu tablet foi ainda encontrada a lista de materiais necessários para construir o engenho.

O caso foi decidido nesta sexta-feira, no Tribunal Central Criminal, pelo juiz Richard Marks. Durante o julgamento, o juiz declarou que “a gravidade das acções [de Smith] não pode ser menorizada”, segundo descreve a BBC. O advogado de Damon pediu misericórdia, dizendo que o Smith é um “jovem especial” e que terá aprendido a sua lição.

Também a mãe de Damon terá apelado à sensibilidade do juiz, garantindo que Smith é apenas “um jovem vulnerável que precisa de ajuda, não de ser preso”. Apesar de todos estes apelos, Richard Marks assegura que Smith é um “agressor perigoso”, mesmo não tendo sido motivado por terrorismo.

À BBC, o comandante afirma que o ataque em Manchester demonstrou “o terrível impacto que as bombas podem ter.” Na segunda-feira, um homem detonou um engenho explosivo que transportava consigo, no final de um concerto de Ariana Grande na Manchester Arena. O ataque matou mais de 20 pessoas e foi revindicado pelo Daesh.

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