Líderes europeus comprometem-se a trabalhar para uma UE mais forte e unida

O primeiro-ministro António Costa, que assinou a Declaração de Roma em conjunto com os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), espera que “renovação de votos” se traduza em “respostas concretas”.

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O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, com a Declaração de Roma assinada pelos 27 líderes Reuters/REMO CASILLI
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Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) celebraram este sábado, em Roma, os 60 anos do projecto europeu, comprometendo-se a trabalhar para uma União ainda mais forte e unida nos próximos dez anos.

Os líderes de 27 Estados-membros – o Reino Unido, em processo de saída do bloco europeu ("Brexit"), já não participou nas comemorações de hoje na capital italiana – adoptaram a “Declaração de Roma”, na qual manifestam “orgulho” pelos feitos alcançados ao longo de 60 anos de história e apontam o caminho a seguir, admitindo uma UE a diferentes velocidades mas “na mesma direcção”.

A Declaração de Roma foi assinada pelos 27 e pelos presidentes das instituições europeias na mesma sala, no Capitólio, onde em 25 de Março de 1957 os seis países fundadores, República Federal Alemã, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, assinaram os tratados fundadores da Comunidade Económica Europeia e da Comunidade da Energia Atómica, que dariam origem à actual União Europeia. 

“Construímos uma União única, com valores fortes e instituições comuns, uma comunidade de paz, liberdade, democracia, direitos humanos e Estado de Direito, uma grande potência económica com níveis sem paralelo de protecção social e prosperidade”, lê-se na declaração, assinada hoje pelos chefes de Estado e de Governo.

Esperança em "respostas concretas"

O primeiro-ministro português, António Costa, afirmou ter “muito esperança e confiança” em que a “renovação de votos” feita esta manhã pelos líderes da União Europeia se traduza em “respostas concretas”.

“É muito importante que esta celebração que hoje aqui fazemos possa continuar amanhã e para que isso aconteça é fundamental podermos responder de uma forma positiva àquilo que são os anseios, as angústias, o medo que muitos cidadãos têm e para os quais a União Europeia é mesmo a única entidade que pode dar uma boa resposta e uma resposta positiva”, declarou o chefe de Governo, minutos depois de assinar com os restantes líderes a Declaração de Roma.

Considerando que a cerimónia deste sábado no Capitólio de Roma “esteve à altura destes 60 anos e da celebração” daquilo que foi feito até agora, António Costa afirmou que “o passado foi um sucesso”, embora nem tudo tenha corrido da melhor forma, e sublinhou que “o importante é aprender as lições do passado” para responder melhor aos desafios futuros.

“Que nem tudo foi como sonhámos, sim, claro, nem tudo foi o que sonhámos, mas se soubéssemos na altura o que sabemos hoje porventura teríamos feito as coisas de uma forma diferente. O que é importante é aprender as lições do passado e responder àquilo que são as exigências relativas ao futuro. E o que é certo é que todos os desafios serão melhor respondidos conjuntamente no quadro da UE [...]. Sem a UE estaríamos seguramente piores”, declarou.

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