“Isto é sobre como queremos viver”

Uma independentista que não fala em independência ganhou com o apoio dos jovens radicais mas é moderada no discurso. A promessa de “um novo modelo económico” e uma “nova política em direcção ao sul” que alargue a economia externa, ganhe escala e reduza a dependência de Pequim, é um desafio.

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Wang Wen Chien instala a pequena mesa desmontável, tira da pasta as gravuras e alinha-as: uma menina de sinais na cara a sorrir, um menino pendurado num escadote para chegar à lua, rapazes e raparigas enamorados, pandas, raposas e um rosto vazio encostado ao velho provérbio chinês “usa o teu sorriso para mudar o mundo, não deixes que o mundo mude o teu sorriso”.

Aos sábados de manhã, Kaohsiung, a segunda maior cidade de Taiwan, dá aos jovens artistas amadores como Wang Wen Chien – ou Wendy, na versão inglesa – a possibilidade de mostrarem em mercados de rua os seus primeiros trabalhos. Vemo-los no pátio exterior do centro de arte Pier-2, nascido de armazéns de açúcar abandonados do tempo da ocupação japonesa, ou na entrada da recente biblioteca pública. “É dar-lhes oportunidade”, explica uma responsável.

Aos 22 anos, Wendy prepara-se para o mestrado em Biologia. Pinta e vende as suas gravuras do tamanho de postais. Ganha o suficiente para pagar as despesas e por vezes ainda sobra algo. “É o meu hobby e como há mais feiras nestes últimos anos procuro que mais pessoas vejam o meu trabalho. É bom para mim e procuro que seja bom para os outros”, diz Wendy, que para além do nome chinês e do inglês tem também um artístico com o qual assina desde há meio ano uma página no Facebook – são três caracteres em chinês, cinco palavras em inglês unidas por pontos: thousand.want.to.run.away (milhar.quer.fugir).

“Os três caracteres são a minha história. O primeiro significa ‘fugir’, o segundo ‘floresta’ e o terceiro é o meu último nome em chinês, ‘milhar’.” A futura bióloga desistiu de um mestrado em florestas, na universidade em Taipé, por pressão dos pais, receosos de uma área “difícil de arranjar emprego, ainda mais difícil para uma mulher” e por ficarem “muito longe” dela, na outra ponta do país. “Foi uma luta séria com eles durante um mês e, no fim, perdi. ‘Milhar.quer.fugir’ é o que sinto.”

Wendy, que é a menina dos sinais dos postais, ficará por Tainan, onde moram os pais.

Ter “uma oportunidade” é uma expressão cara aos jovens de Taiwan e a recém-empossada Presidente Tsai Ing-Wen sabe-o. Foi o primeiro grupo social a que se dirigiu no seu discurso de posse, a 20 de Maio passado.

Reconheceu que “sofrem de baixos salários, têm vidas emperradas, sentem-se desamparados e confusos sobre o futuro” e que assim é difícil reter talento. “Quando os jovens não têm futuro, um país não tem futuro”, referiu. Uma sondagem divulgada há um mês pela revista taiwanesa de negócios, Business Weekly, revelou que 60% dos jovens entre os 20 e 35 anos querem emigrar para trabalhar. Tsai prometeu, contra isso, um leque de mudanças no seu mandato, desde o mercado de trabalho à educação e à criação de incentivos à natalidade.

À partida, a vida para quem tem menos de 30 anos em Taiwan não é muito diferente da dos jovens portugueses ou de outros europeus: são três vezes mais afectados pelo desemprego do que os mais velhos e as casas são caras de mais (Taipé está nos primeiros lugares do ranking mundial) para o rendimento de que dispõem, pelo que a opção é, muitas vezes, adiar ou eliminar o projecto de ter filhos e continuar a coabitar com os pais. São também um grupo etário em recessão. Entre 2000 e 2010, desapareceram mais de um milhão de crianças e jovens até aos 15 anos.

As escolas perdem alunos, os cursos antes mais concorridos, como Medicina, passaram a ter cadeiras vazias. Nas palavras do presidente da Associação das Universidades Privadas e Institutos de Tecnologia, Ko Tzu-hsiang, ao Taipei Times, isto “é um tsunami”. Taiwan já não é uma sociedade “a envelhecer”, é “envelhecida”, dizia o ex-ministro do interior, Hsiao Chia-chi. Um quadro que nos é familiar.

No reverso desta realidade está a velocidade a que a sociedade envelhece e que tornou o sistema de pensões insustentável, com 91,6 idosos por cada 100 jovens com menos de 15 anos – quase 40% mais no período de apenas uma década, segundo os dados oficiais.

Taiwan democrata

Nas eleições presidenciais de Janeiro passado, os jovens viram uma oportunidade e votaram em peso em Tsai Ing-wen. A primeira mulher a chegar a Presidente de Taiwan deve em muito a sua vitória esmagadora aos jovens e não se esqueceu disso no discurso de posse. Quase três quartos dos eleitores dos 20 aos 29 anos votaram em Tsai, o que muitos atribuíram a uma reacção ao incidente com uma jovem taiwanesa de 16 anos, vocalista de uma banda pop sul-coreana, obrigada a pedir desculpa por ter exibido num canal de televisão sul-coreana uma bandeira de Taiwan. O assunto tornou-se viral nas redes sociais. Estima-se que Tsai ganhou 1,3 milhões de votos jovens por causa disso.

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Uma sondagem divulgada pela revista taiwanesa de negócios "Business Weekly" revelou que 60% dos jovens entre os 20 e 35 anos querem emigrar para trabalhar Chien-Wei Lee / getty images

“A notícia da cantora da banda pop – ou outros escândalos similares dos últimos anos – são apenas exemplos demonstrativos da apreensão sentida pelos jovens taiwaneses e verbalizada sobretudo através das redes sociais ou de protestos em que estas têm um papel importante de mobilização”, afirma Helena Lopes, doutoranda em História na Universidade de Oxford que viveu, estudou e fez investigação em Taiwan.

Para esta investigadora, muitos jovens viram em Tsai uma alternativa, não por apoiarem o seu Partido Democrata Progressista (DPP), mas “por um voto de protesto”.

Aos taiwaneses e sobretudo aos jovens incomodou a política pró-China de Ma Ying-jeou, do partido Kuomitang (KMT), antecessor de Tsai, e a “percepção de que os cidadãos não estavam a ser suficientemente consultados sobre o assunto”, nomeadamente em relação a vários acordos comerciais. Nos oito anos em que esteve no poder, Ma assinou 23 pactos com Pequim, sem se traduzirem em melhorias económicas visíveis aos olhos da população.

“A percepção de que a China nos últimos tempos se tem tornado mais intransigente na maneira como lida com os seus cidadãos tem sido visto com preocupação por muitos jovens em Taiwan, uma geração que cresceu depois da lei marcial e que não está disposta a abdicar das liberdades cívicas”, acrescenta Helena Lopes. Taiwan viveu sob lei marcial entre 1949 e 1987. Hoje, escreveu a revista Time, é “a única verdadeira democracia no mundo de língua chinesa”.

Há dois anos, os jovens ocuparam o Parlamento e criaram o Movimento Girassol, em protesto contra um tratado comercial de aproximação à China, exigindo a monitorização e supervisão destes processos. Do movimento, ampliado nas redes sociais, emergiu não apenas um novo partido, liderado por um cantor rock, Freddy Lim, hoje o terceiro mais votado, como uma complexa negociação para verter em lei as exigências feitas e que dura desde então.

Entre muita expectativa, a lei da supervisão dos acordos com a China deverá ser aprovada até ao final de Julho. Será uma das primeiras leis da Presidência de Tsai e um primeiro teste. O projecto-lei que o DPP apresentou em Abril recebeu fortes críticas do Movimento Girassol, por considerar que não respondia às suas principais exigências: uma forma clara de participação dos grupos cívicos no processo de avaliação e a garantia de que as decisões finais dos acordos entre os dois lados do estreito são tomadas de modo transparente e colectivo. Tsai conhece bem o processo. É ela que desde 2014 negoceia discretamente com os movimentos cívicos e os líderes estudantis o acordo, com a preocupação de não referir Taiwan e China como dois países separados.

Os quatro anos de mandato de Tsai que começaram há um mês continuam carregados de uma expectativa que vai para lá do facto de ser a primeira mulher, “a mais poderosa do mundo de língua chinesa”, segundo a CNN, e de não descender de uma dinastia de políticos influentes. Taiwan substituiu um Presidente nascido na China, filho de imigrantes e líder de um partido pró-unificação (KMT), por uma Presidente nascida há 59 anos em Taiwan, descendente de pai Hakka, mãe Minnan e uma avó paterna Paiwan - três etnias, uma delas das 16 tribos aborígenes ue povoaram inicialmente o território -, líder de um partido independentista (DPP) mas que não reclama abertamente a independência face à China.

O novo ciclo político é um desafio. Tsai Ing-wen prometeu no seu discurso de posse “um novo modelo económico” e uma “nova política em direcção ao sul” que alargue a economia externa do país, ganhe escala e reduza a sua dependência de Pequim. Não falou directamente em China nem em independência, embora se tenha dirigido a Pequim e à sua pressão crescente sobre a ilha, que vê como província e, por isso, lhe recusa reconhecer a soberania e também a democracia.

Um futuro menos dependente da China

Que pede Taiwan, uma ilha com menos de metade da área de Portugal, a escassos 180 quilómetros da China e perante a qual reivindica a sua soberania e democracia? Mesmo no meio de protestos mais radicais, pede estabilidade, a manutenção da chamada política do statu quo, sempre em contraponto à China, e traduzida em “não à unificação, não à independência, não ao uso da força”. Uma fórmula complexa que as sondagens traduzem: 55% dos taiwaneses querem a estabilidade do statu quo ao mesmo tempo que 80% dos jovens estão contra a unificação.

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A primeira mulher a chegar a Presidente de Taiwan (a figura de Tsai Ing-Wen nos bonecos que as crianças têm nas mãos nesta foto de campanha eleitoral) dirigiu-se em primeiro lugar aos jovens no seu discurso de toamda de posse Damir Sagolj / Reuters

A nova Presidente levou o seu partido independentista a moderar o discurso, mas ao mesmo tempo não aceita a exigência de Pequim de que só há “uma China”. “O facto de Tsai ser considerada mais moderada que o antigo Presidente Chen Shui-bian [o primeiro Presidente, entre 2000-2008, saído do DPP e hoje preso por corrupção] terá sido um factor importante – não creio que, se ela tivesse tido uma posição mais confrontacional perante a China, tivesse tanto apoio da população”, admite Helena Lopes.

Na complexa relação histórica, política e económica entre a China e Taiwan que marca a vida desta ilha, o statu quo inclui também os EUA, o maior aliado comercial e de defesa de Taiwan. Pequim considera-a sua província, mas ao mesmo tempo tolera a evolução democrática do território, que por sua vez tem sido protegido pelos norte-americanos, com base numa lei do Congresso de 1979. Washington interrompeu as relações diplomáticas com Taipé, em 1979, para passar a tê-las com Pequim, mas sem perder a influência militar na região nem deixar cair a ilha não comunista. O regime chinês tem restringido a conquista de aliados e a expansão das relações externas de Taiwan, tentando simultaneamente que a economia taiwanesa se integre cada vez mais com a sua. Mais de 40 por cento das exportações de Taiwan são para a China, onde estão também instaladas 70 mil empresas taiwanesas. Ao mesmo tempo, Pequim tem 1600 mísseis apontados para a ilha, prontos para o dia em que esta declare independência.

Ao contrário do seu antecessor, Tsai aponta para um futuro de Taiwan mais visível para o mundo e menos vulnerável à China. No palco da política externa, a voz não se ouve através do protesto, mas da diplomacia. Por isso, a prioridade é a adesão à Parceria do Trans-Pacífico (TPP), um tratado de livre comércio comparável ao que os EUA e a União Europeia negoceiam – e onde a China não está –, enquanto Taiwan se afastou da adesão ao Banco de Investimento e Infra-Estruturas da Ásia (BIIA) – onde Pequim manda.

Doze países da bacia do Pacífico, incluindo algumas das maiores economias da região, assinaram o TPP em Fevereiro passado – Austrália, Brunei, Canadá, Chile, EUA, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname –, que falta ser ratificado. A China não se tem interessado por esta organização, mas a história mostra que Pequim recorre directa ou indirectamente aos seus aliados para condicionar o espaço internacional de Taiwan.

“Não é difícil Taiwan ser aceite pelos membros do TPP, do ponto de vista económico. Outra coisa é o ‘factor China’. Sempre que Taiwan olha para a sua expansão tem o ‘factor China’ à frente”, reconhece Chen-Sheng Ho, director do departamento de assuntos internacionais do Instituto de Pesquisa Económica de Taiwan (IPET). “Há um trabalho bilateral prévio a fazer”, destaca.

Internamente, a aproximação a algumas das maiores economias do Pacífico não será fácil. A agro-indústria opõe-se à abertura sobretudo aos EUA e está lançada a controvérsia da importação de porco com ractopamina, hormona de crescimento que os americanos usam e Taiwan proíbe.

Chen-Sheng Ho assegura que “a entrada no TPP trará benefícios para Taiwan, progresso tecnológico e beneficiará também os outros membros”, embora não avance com dados concretos.

O que está em jogo no Mar do Sul

É realista pensar que a China vai ficar quieta? “Essa é a pergunta de um milhão de dólares. Temos de construir a confiança entre os dois lados. É preciso vermos como as pessoas votaram nas últimas eleições. Isto é mais do que política. É sobre como queremos viver. Não significa que queiramos ser antagonistas da China. Esperamos que nos compreendam e nos dêem algum espaço, de outro modo as novas gerações sentem que não podem fazer o que querem. São necessárias mais negociações certamente”, diz o especialista.

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Itu Aba, a maior das ilhas naturais Spratly, disputadas pela China, Taiwan, Vietname e Filipinas reuters

Para Helena Lopes, o “mais interessante será [perceber] qual a atitude dos Estados Unidos perante essa ambição”. Logo ao terceiro dia de mandato, Tsai pediu-lhes que apoiem Taiwan na sua candidatura ao TPP – provando a prioridade que dá ao tema.

Foi ainda sob o poder do KMT que Taiwan ensaiou a sua adesão ao Banco Asiático de Investimento e Infra-Estruturas (BIIA), o novo “Banco Mundial” criado pela China para a Ásia e que reúne 21 países da região. A instituição transmitiu apenas a 7 de Abril passado as condições para a adesão: que a candidatura fosse apresentada pelo ministro das Finanças da China, em nome de Taiwan, tal como fez com Hong Kong. O novo Governo recusou. “Isso fere a dignidade nacional”, respondeu o ministro das Finanças de Taipé.

A pressão da China subiu nos meses que antecederam a tomada de posse de Tsai. Uma lei muito taiwanesa – cuja mudança está em estudo – define o prazo de cinco meses entre a eleição e a posse do Presidente. A 6 de Maio, quando a directora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, convidou Taiwan a participar na assembleia geral anual, onde tem estatuto de observador, mas desta vez tendo de reconhecer o polémico princípio de “uma China”. Taipé enviou, na mesma, uma delegação que levou consigo uma carta de protesto. Terceiro caso: a Gâmbia anunciou em 2013 que deixaria de reconhecer Taiwan, concretizou a promessa faltavam dois meses para a posse de Tsai. “Durante a presidência de Ma Ying-jeou, Taiwan perdeu menos aliados para a China que durante a de Chen Shui-bian (2000-2008)”, acrescenta Helena Lopes, para quem “as melhores relações com Pequim podem explicar a trégua diplomática” que entretanto parece ter acabado.

Durante a presidência de Chen Shui-bian, do mesmo partido de Tsai, Taiwan “perdeu vários aliados diplomáticos e é possível que uma pressão semelhante possa ocorrer” agora, segundo Helena Lopes.

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Quase três quartos dos eleitores dos 20 aos 29 anos votaram em Tsai dr

O “factor China” ameaça ser a “fractura China”, não apenas para Taiwan como para toda a região do Mar do Sul da China. A medir forças como potência regional com os EUA e com os seus vizinhos – construindo pequenas bases militares em ilhas artificiais que edificou em recifes –, Pequim recusa as fronteiras marítimas reclamadas pelas Filipinas e, por arrastamento, por Taiwan, Japão, Vietname, Malásia e Brunei. Antes que houvesse uma decisão do Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia, ao qual Manila recorreu, deixou claro que não iria respeitar a decisão, ainda que a linha filipina siga as regras das Nações Unidas.

Para a dimensão do que está em jogo no Mar do Sul, “Taiwan é um actor relativamente pequeno, mas é também uma oportunidade para ganhar mais amigos na região”, diz Chen-Sheng Ho. A política da China em subtrair amigos a Taipé está a resultar, neste caso, numa soma.

Decidir se Itu Aba, a maior das ilhas naturais Spratly disputadas pela China, Taiwan, Vietname e Filipinas, é uma rocha ou uma ilha faz a diferença entre uma zona económica exclusiva de 12 ou 200 milhas. É a distância entre a China controlar ou não as águas da que é hoje a mais importante rota marítima do planeta. Pelo Mar do Sul passa cerca de metade da marinha mercante do mundo e o triplo do petróleo que atravessa o canal do Suez. Quanto às Spratly, não estão ainda provadas as suas reservas de gás e petróleo e podem até ser de extracção difícil, mas parecem suficientes para duplicar as reservas chinesas.

Pequim pode mesmo estar disposto a construir uma “Grande Muralha subaquática”, uma ambição com a mira no poderio militar dos EUA que tem na região 60 por cento da sua armada. O número foi transmitido por Antony Blinken, vice-secretário de Estado norte-americano há dias à Câmara dos Representantes.

A probabilidade de uma “grande muralha” foi levantada por publicações especializadas em questões militares e de segurança. Um perito norte-americano ligado ao centro Internacional de Avaliação e Estratégia, Rick Fisher, disse ao jornal Taipei Times que este projecto “poderá permitir à China atacar submarinos dos EUA a grande distância”.

As semanas seguintes ao discurso de posse de Tsai mostraram a dificuldade entre conciliar um “novo modelo económico” e uma “nova política em direcção ao sul" que dêem mais espaço económico e político a Taiwan. Acabou-se o tempo das regalias económicas, comerciais e turísticas que o Presidente chinês Xi Jinping lhe oferecia. À queda forte do turismo chinês nos últimos meses – facto que é atribuído a Pequim –, o novo Governo responde que vai isentar de vistos os turistas que cheguem do Sudeste asiático.

Wendy não quer saber de guerras políticas, se são verdes (DPP) ou azuis (KMT), mas tem um ideário. Votou em Tsai por ser “como Barack Obama na América”, a oportunidade de mudança, e para provar que “as mulheres podem ter mais poder, mais sabedoria e ser mais duras”. Para já, Tsai levou o seu partido a conquistar ao KMT, pela primeira vez em 70 anos, a maioria – e absoluta – no Parlamento.

O Público viajou a convite do Governo de Taiwan

Notícia corrigida às 18h30 de 20/06/16. Onde se lia "três das 16 tribos aborígenes", deve ler-se "três etnias, uma delas das 16 tribos aborígenes" 

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