Israel bombardeia alvos do Hamas na Faixa de Gaza

Exército retaliou contra tiros de morteiro. A situação na zona de fronteira é muito tensa.

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A tensão na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza está a aumentar MENAHEM KAHANA/AFP

A aviação israelita realizou ontem bombardeamentos na Faixa de Gaza, depois de um dia de grande tensão na fronteira entre Israel e este território controlado pelo Hamas, segundo fontes israelitas e palestinianas.

Os bombardeamentos atingiram a zona do aeroporto internacional de Rafah, que já estava inutilizado, no Sul da Faixa, e zonas agrícolas vizinhas. Não há feridos, segundo o ministro do Interior do Hamas.

O exército israelita confirmou ter bombardeado "cinco infraestruturas terroristas do Hamas no Sul da Faixa de Gaza". "O exército continuará as operações destinadas a proteger os cidadãos israelitas das ameaças terroristas do Hamas", disse em comunicado Peter Lerner, porta-voz do exército israelita.

Os bombardeamentos foram uma resposta a tiros de morteiro e de metralhadora disparados a partir da Faixa de Gaza para território israelita de terça para quarta-feira.

Segundo os jornais israelitas, os alvos do Hamas foram os militares que procediam a operações de busca e destruição de túneis ligando o território palestiniano ao lado de Israel. Os israelitas responderam também com tiros de obus disparados a partir do seu lado da fronteira, especifica o exército no comunicado.

Em comunicado, o ramo militar do Hamas, as brigadas Izzadin Al-Kassam, acusaram os israelitas de estarem a destruir infraestruturas palestinianas, por exemplo estradas. "Não vamos permitir a continuação desta agressão sionista. A intrusão sionista constitui uma violação clara do acordo de 2014", diz o comunicado.

Israelitas e palestinianos já travaram três guerras na Faixa de Gaza desde 2008. A última durou entre Julho e Agosto de 2014 e foi a mais longa e mortífera (1100 mortos palestinianos, cerca de 60 israelitas), tendo ocorrido na sequência do assassínio de três adolescentes israelitas e de um palestiniano, que foi queimado vivo por vingança.

Desde Agosto de 2014 que está em vigor um cessar-fogo e, do lado israelita, foi criada uma "barreira de segurança". O enviado especial da ONU para a região, Nickolay Mladenov, disse estar "muito inquieto" e apelou a ambas as partes para "se conterem ao máximo para evitarem o risco de uma escalada" de violência.

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