Governo minoritário de Rajoy chumbado à primeira volta

Sem surpresas, votação de sábado deverá confirmar o executivo conservador.

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AFP/GERARD JULIEN

Terminada a votação, foram 170 votos contra e 160 a favor. Não vai ser esta quinta-feira, mas sim sábado: como previsto, o primeiro-ministro em funções e indigitado, Mariano Rajoy (conservador), não obteve uma maioria absoluta de votos de apoio no Parlamento.

Espera-se, no entanto, que Rajoy seja aprovado como chefe de governo numa votação prevista para sábado, a segunda volta, em que apenas precisa de ter mais votos “sim” do que “não”, o que com a mudança de posição dos socialistas, que deixaram de vetar um executivo conservador, já poderá acontecer. A votação ocorrerá dois dias antes do fim do prazo que obrigaria à convocação de novas eleições.

“Espanha precisa de um governo com urgência”, disse Rajoy no debate no Parlamento. “A instabilidade é o maior risco”, declarou.

No meio de uma discussão sobre quem tem legitimidade para governar – o Partido Popular de Rajoy foi o mais votado, mas apenas com 33% dos votos, Rajoy defendeu que é preciso voltar a ganhar rapidamente a confiança internacional. “Custa muito a ganhar confiança, mas muito pouco para a perder”, disse.

Quanto ao facto de o país experimentar pela primeira vez um governo minoritário, Rajoy argumentou qu, ainda que seja inédito em Espanha, este modelo é parecido com o que existe em muitos países da Europa. Para funcionar, Rajoy falou da necessidade de “um governo estável, fiável, e baseado em acordos”.

Uma terceira ida dos espanhóis às urnas, depois das eleições de Dezembro e de Junho, “faria grandes danos a Espanha e aos espanhóis”.

Rajoy anunciou entretanto desistir de uma medida que já tinha provocado protestos, a reforma educativa que o Governo conservador aprovou ainda na legislatura anterior.

 

 

 

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