Ex-governador do Rio de Janeiro condenado a 45 anos de prisão

Sérgio Cabral foi considerado culpado dos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais e organização criminosa. Era o "ideólogo do gigante esquema criminoso institucionalizado".

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Sérgio Cabral (PMDB) em campanha com Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT), em 2010 Sergio Moraes/Reuters

O ex-governador do Estado brasileiro do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado quarta-feira a 45 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais e organização criminosa.

A condenação surgiu na sequência da Operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato, a maior investigação policial no país e que descobriu desvios na petrolífera Petrobras e em diversos órgãos públicos, atingindo fortemente a classe política.

Este processo relaciona-se com o recebimento de subornos pagos pela empreiteira Andrade Gutierrez por obras no Estado do Rio de Janeiro e branqueamento de capitais por meio de aquisição de jóias e do escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.

No acórdão, o juiz Marcelo Bretas afirmou que Sérgio Cabral foi o "ideólogo do gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro" e classificou-o como o "chefe da organização criminosa" que pedia subornos às empresas que desejavam participar de licitações públicas.

Esta foi a segunda condenação do ex-governador do Rio de Janeiro, que já está preso.

Sérgio Cabral (do PMDB, partido do Presidente Michel Temer) já havia sido sentenciado a 14 anos e dois meses de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, num processo julgado pelo juiz Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em primeira instância.

Além de Sérgio Cabral, também foram considerados culpados a sua mulher, Adriana Ancelmo, ex-secretários, ex-assessores e empresários.

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