Coreia do Norte: EUA testam míssil balístico no Pacífico e Trump reúne senadores na Casa Branca

A força aérea norte-americana testou um míssil de longo-alcance que percorreu quase 6800 quilómetros sobre o Pacífico a partir de uma base na Califórnia.

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O míssil Minuteman III partiu da costa da Califórnia até uma zona próxima às ilhas Marshall, do outro lado do Oceano Pacífico. Reuters/Michael Peterson

A força aérea norte-americana testou esta quarta-feira um míssil de longo-alcance, sem ogiva, capaz de transportar uma arma nuclear, numa acção considerada "uma importante demonstração da capacidade de dissuasão nuclear" dos EUA, noticia a CNN, citando um comunicado oficial. O lançamento do míssil balístico Minuteman III decorreu a partir da base Vandenberg, na costa da Califórnia, tendo percorrido quase 6800 quilómetros até uma zona próxima às Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico.

“O lançamento desta noite é uma importante demonstração da nossa capacidade de dissuasão”, informou, em comunicado, o coronel John Moss, comandante da Ala Espacial 30, responsável pelos silos de mísseis intercontinentais com capacidade nuclear em Vandenberg, citado pela televisão norte-americana. Os EUA contam com 450 mísseis Minuteman III no seu arsenal, prontos a disparar a qualquer momento e no mais curto espaço de tempo.

O momento do ensaio não terá sido escolhido ao acaso, pois acontece numa altura em que se regista uma escalada de tensão entre os EUA e a Coreia do Norte, devido ao desenvolvimento do programa de armamento nuclear do regime de Kim Jong-un.

Ao mesmo tempo, e pelo mesmo motivo, o Presidente Donald Trump e os seus mais altos responsável de segurança encontraram-se com um grupo de senadores na Casa Branca. O objectivo era explicar a natureza da “ameaça muito grave” representada por Pyongyang e a resposta económica e militar de Washington perante semelhante risco.

“Nada está livre de risco. Esta situação não está livre de risco”, explicou um alto dirigente da Administração americana aos jornalistas, e citado pelo Washington Post, garantindo que todas as possíveis reacções dos EUA estão a ser avaliadas para minimizar o risco de um conflito militar.

De acordo com a imprensa norte-americana, os senadores terão expressado no entanto alguma frustração pelo facto de a Administração ter sido parca em detalhes sobre a actual e futura estratégia em relação à Coreia do Norte.

Depois da reunião, o secretário de Estado Rex Tillerson, o secretário da Defesa Jim Mattis e o director dos serviços de informação, Daniel Coats, divulgaram um comunicado conjunto onde consideram que o programa nuclear norte-coreano, e o seu desenvolvimento, é “uma ameaça urgente à segurança nacional e uma prioridade da política externa”. Além disso, informa-se que Trump pretende endurecer as sanções económicas a Pyongyang e aplicar “medidas diplomáticas” juntamente com aliados.

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