EUA dizem que armas nucleares da Coreia do Norte são “uma ameaça para todos”

Secretário da Defesa norte-americano falava em Singapura, onde equilibrou os elogios à China com críticas.

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A lista negra de sanções da ONU à Coreia tem crescido Reuters

O secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, alertou para o acelerado desenvolvimento do programa de armamento da Coreia do Norte, que representa “uma ameaça para todos” e que é encarado pelos Estados Unidos como “um claro perigo”.

Em declarações numa conferência sobre segurança internacional em Singapura, neste sábado, Mattis disse que a administração Trump se sente encorajada pelo compromisso renovado da China em trabalhar com os Estados Unidos para impedir o desenvolvimento de armas nucleares pela Coreia do Norte.

A China bloqueou as novas e mais severas sanções contra Pyongyang que os Estados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança da ONU. Ainda assim, o Conselho de segurança votou unanimemente para adicionar 15 indivíduos e quatro entidades ligadas ao programa nuclear e de mísseis norte-coreano à lista negra de sanções da ONU.

“O contínuo desenvolvimento, pela Coreia do Norte, de armas nucleares e meios para as lançar não é novo, mas o regime acelerou o ritmo e alargou âmbito dos seus esforços”, disse, aludindo aos vários testes de dispositivos nucleares e mísseis que o regime de Kimg Jong-un tem levado a cabo.

“Apesar de o regime da Coreia do Norte ter um longo historial de homicídio de diplomatas, sequestros, morte de marinheiros, e actividade criminosa, o seu programa de armas nucleares é uma ameaça para todos. Em termos de segurança nacional, os Estados Unidos consideram que a ameaça da Coreia do Norte é um perigo claro e presente”, afirmou Mattis.

No seu discurso, Mattis equilibrou os elogios à China com críticas ao que chamou de desrespeito de Pequim pela lei internacional devido à sua “indiscutível militarização” de ilhas artificiais em zonas disputadas no Mar do Sul da China. “Não podemos e não vamos aceitar mudanças unilaterais e coercivas ao ‘status quo’” no Mar do Sul da China, disse.

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