Dezenas de mortos em ataque a campo de refugiados sírio

Ataque fez pelo menos 28 mortos, diz Observatório Sírio dos Direitos Humanos, e foi lançado durante o regime de cessar-fogo.

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"São mulheres e crianças. Aqui não há soldados"

Um bombardeamento atingiu um campo de refugiados na Síria, perto da fronteira com a Turquia. Segundo observadores locais, dezenas de pessoas morreram.

O ataque atingiu o campo de Sarmada, na província de Idlib, no noroeste do país, avança a BBC, que cita o Comité Local de Coordenação — uma rede de activistas da oposição ao regime de Bashar al-Assad. De acordo com os activistas, o ataque foi feito pela aviação síria ou russa, mas esta informação não foi confirmada de forma independente.

Terão morrido pelo menos 28 pessoas, segundo a Reuters, que cita o Observatório Sírio dos Direitos Humanos — um grupo com sede em Londres, mas que recolhe informações no terreno. Nas redes sociais têm sido publicadas imagens do ataque que mostram tendas destruídas e muito fumo.

"Houve dois ataques aéreos que atingiram este campo para refugiados, que fugiram dos combates no sul de Alepo e de Palmira", explicou o activista local Abu Ibrahim al-Sarmadi.

O ataque surge um dia depois de ter sido aprovada a extensão de um cessar-fogo a Alepo, palco nas últimas duas semanas dos mais violentos confrontos entre o Exército e os grupos de oposição.

Apesar das tréguas, a região voltou a ser bombardeada esta quinta-feira. A aviação síria lançou bombas-barril nos arredores de Alepo, onde o Exército continua a combater os grupos rebeldes, segundo a Al-Jazira. O Governo sírio também acusou a oposição armada de violar as tréguas durante a noite ao bombardear de forma indiscriminada bairros da cidade.

Na Síria encontra-se em vigor um regime de "cessação de hostilidades" desde Fevereiro, que exclui o autoproclamado Estado Islâmico e a Frente al-Nusra, o braço da Al-Qaeda no país.

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