Depois da polémica, Trudeau não vai ao funeral de Fidel Castro

O primeiro-ministro canadiano informou que não vai marcar presença na cerimónia fúnebre de Fidel Castro esta terça-feira por questões de "agenda".

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O governante do Canadá referiu que el Comandante era um “líder notável” AFP/JUAN MABROMATA

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, não vai marcar presença no funeral de Fidel Castro, informou o seu gabinete esta segunda-feira. A decisão surge dias depois de a reacção de Trudeau à morte do líder cubano ter causado polémica.

Na missiva, o governante do Canadá referiu que el Comandante era um “líder notável”, que fez “melhorias significativas na educação e na saúde” do seu país e que era “maior do que a vida, que serviu o seu povo por mais de meio século”.

As reacções não se fizeram esperar. Primeiro da oposição, com os conservadores canadianos a indignarem-se com tais palavras de elogio a um ditador que fez desaparecer milhares de pessoas, dizem, e das redes sociais com paródias e brincadeiras em relação às considerações do primeiro-ministro do Canadá.

Tendo em conta as “muitas questões” sobre se Trudeau iria marcar presença no funeral, a porta-voz Andree-Lyne Halle afirmou através de um email que o primeiro-ministro canadiano não podia marcar presença na cerimónia por questões de “agenda”.

O governador-geral David Johnston, representante da Rainha Isabel no Canadá, vai à cerimónia de homenagem a Fidel Castro em Havana esta terça-feira a pedido de Trudeau.

O Canadá tem sido um dos mais fortes aliados ocidentais de Cuba, mantendo os laços desde a revolução liderada por Castro em 1959 e mesmo durante o embargo económico imposto pelos EUA.

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