Departamento de Justiça colabora na investigação aos e-mails de Clinton

O Departamento de Justiça norte-americano informou o Congresso que vai trabalhar com o FBI para investigar o novo caso dos e-mails de Hillary Clinton.

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Hillary Clinton garantiu esta segunda-feira que o FBI não vai encontrar nada de comprometedor na nova investigação AFP/JEWEL SAMAD

O Departamento de Justiça americano enviou uma curta carta ao Congresso informando que vai trabalhar juntamente com o FBI para examinar os novos e-mails referentes à candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, e que provocaram a reabertura da investigação sobre o caso.

Na carta com três parágrafos, assinada pelo procurador-geral adjunto para os assuntos legislativos, Peter J. Kadzik, e citada pelo Washington Post, refere-se que o Departamento vai avançar com as “medidas adequadas o mais rapidamente possível”, e que juntamente com o FBI vai “dedicar todos os recursos necessários” à investigação, sem, no entanto, revelar qualquer detalhe em relação ao conteúdo dos referidos e-mails.

Esta nota escrita surge em resposta a uma carta enviada no passado sábado por quatro senadores democratas à procuradora-geral Loretta E. Lynch e ao director do FBI James B. Comey, pedindo mais detalhes sobre a investigação.

O caso dos e-mails de Hillary Clinton conheceu um novo capítulo na última sexta-feira, dia em que o FBI decidiu reabrir a investigação “através de um caso não relacionado com este”, mas que deu a conhecer “e-mails que parecem ser pertinentes para a investigação”, escreveu James Comey numa carta enviada ao comité judiciário do Senado norte-americano.

Clinton garante: não há nada de comprometedor

Hillary Clinton por seu lado garantiu, nesta segunda-feira, que o FBI não encontrará nada de comprometedor nos novos e-mails.

“O arquivo está vazio”, afirmou a candidata perante aplausos de apoiantes num comício em Kent, Ohio, um estado crucial para as eleições presidenciais que se realizam no próximo dia 8 de Novembro.

“Não estou à procura de desculpas, foi um erro e arrependo-me disso”, acrescentou referindo-se à decisão de utilizar um servidor privado para os e-mails enquanto servia como chefe da diplomacia americana, entre 2009 e 2013.

De acordo com a imprensa americana, os e-mails agora analisados encontravam-se nos dispositivos electrónicos de Huma Abedin, uma assessora de Clinton, e do seu marido, Anthony Weiner.

Sobre isso, a democrata afirmou que “agora querem ver e-mails a partir de um membro da minha equipa”, sem confirmar de quem se tratava. “Tenho a certeza de que vão chegar à mesma conclusão que tiveram quando analisaram os meus emails no ano passado”, concluiu.

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