Coreia do Norte testa novo míssil de médio alcance

Desde o início do ano, o regime de Pyongyang realizou dez testes balísticos. O mais recente atingiu 560 quilómetros e caiu perto da costa japonesa.

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Imagem de arquivo do lançamento de um míssil Pukguksong-2 Reuters/KCNA

A Coreia do Norte realizou um novo teste balístico neste domingo, que terá atingido uma distância de 560 quilómetros antes de cair ao largo da costa japonesa, de acordo com o Exército da Coreia do Sul. Desde o início do ano, o regime de Pyongyang já lançou dez mísseis de diferentes calibres.

O novo lançamento acontece uma semana depois de a Coreia do Norte ter feito um outro teste de maior alcance (cerca de 700 quilómetros). Na altura, o regime disse tratar-se de um novo tipo de míssil capaz de transportar uma ogiva nuclear – embora essa informação não tenha podido ser confirmada de forma independente.

Na sequência desse teste, o Conselho de Segurança da ONU emitiu um apelo dirigido a Pyongyang para cessar o lançamento de mísseis.

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, clssificou como “frustrante e perturbador” este novo lançamento da Coreia do Norte, em declarações à Fox News.

O míssil lançado neste domingo pode ter sido um Pukguksong-2, uma versão melhorada e mais abrangente de um míssil norte-coreano de médio alcance que pode ser lançado a partir de um submarino, segundo um militar sul-coreano citado pela Reuters.

O Governo sul-coreano considerou que o teste balístico deste domingo foi “imprudente e irresponsável”. O novo Presidente, Moon Jae-in, foi eleito com a promessa de mudar de estratégia em relação ao regime norte-coreano, garantindo uma abordagem diplomática e até se disponibilizando para viajar até Pyongyang para se encontrar com o líder Kim Jong-un.

No início do mês, os EUA iniciaram a instalação de um sistema antimíssil, conhecido como THAAD, na Coreia do Sul, que irá servir para detectar e interceptar mísseis norte-coreanos. Porém, o sistema ainda não está a funcionar totalmente e a eleição de Moon tornou o seu futuro incerto.

Desde que a sua construção foi anunciada, o THAAD recebeu muitas críticas, dentro e fora da Coreia do Sul. Para além da óbvia oposição de Pyongyang, também a China encara o sistema antimíssil como uma ameaça à sua própria segurança – Pequim receia que o potente radar do THAAD possa pôr em causa as suas comunicações, embora Washington tenha garantido que o sistema será usado apenas como defesa. 

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