Coreia do Norte rejeita participação olímpica conjunta com o Sul

Governo sul-coreano queria montar uma equipa com atletas dos dois países para competir nos Jogos Olímpicos de Inverno do próximo ano.

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A Arena de Gangneung, em Pyeongchang, que vai receber os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 Reuters/KIM HONG-JI

A Coreia do Norte rejeitou esta segunda-feira a proposta do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de uma participação conjunta dos dois países nos Jogos Olímpicos de Inverno do próximo ano.

A ideia foi inicialmente avançada pelo ministro do Desporto sul-coreano de organizar uma equipa de hóquei no gelo com atletas dos países que partilham a mesma península durante os Jogos Olímpicos do próximo ano, organizados pela cidade Pyeongchang, na Coreia do Sul. Foi ainda aberta a possibilidade de a Coreia do Norte receber alguns jogos durante a competição.

A proposta foi bem acolhida pelo novo Presidente sul-coreano, que defende uma estratégia de maior proximidade entre Seul e Pyongyang – e que já se mostrou disponível para se sentar à mesa com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Moon decidiu mesmo ir mais longe e propôs a organização de uma delegação conjunta para incluir todas as modalidades em que os dois países têm atletas.

Mas o plano foi derrubado assim que chegou ao Norte. O representante norte-coreano no Comité Olímpico Internacional, Chang Un, disse que não há tempo para suficiente para levar a cabo um acordo deste género.

Chang deu o exemplo mais aproximado de uma iniciativa do género – a participação conjunta das duas Coreias no Campeonato do Mundo de Ténis de Mesa em 1991 – para justificar a decisão. Na altura, lembrou o dirigente, “precisámos de 22 rondas negociais para montar a equipa, foram cinco meses”. “Essa é a realidade que encaramos”, acrescentou, citado pela BBC.

Nos últimos tempos, as tensões na Península Coreana têm estado a um nível elevado, com a intensificação das movimentações militares de ambos os lados. O regime norte-coreano continua a fazer testes balísticos, com o objectivo de desenvolver as suas capacidades nucleares, enquanto a Coreia do Sul recebeu o sistema anti-míssil norte-americano conhecido como THAAD, e que é visto tanto em Pyongyang como em Pequim como um passo agressivo.

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