Coreia do Norte lança mais um míssil balístico, EUA dizem que teste falhou

Informação foi veiculada pelo exército da Coreia do Sul. Primeiras indicações sugerem que o teste não foi bem sucedido.

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Reuters/Damir Sagolj/Arquivo

A Coreia do Norte terá realizado mais um teste com um míssil balístico a partir de uma região a norte da capital Pyongyang, noticia a Reuters citando a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A agência sul-coreana citou as forças militares da Coreia do Sul, mas não foram avançados mais detalhes sobre o suposto teste balístico. A Reuters cita, por sua vez, uma fonte da Administração norte-americana que explica que as primeiras indicações sugerem que o teste não foi bem sucedido e a Yonhap refere igualmente que o míssil terá explodido pouco tempo depois de ter sido lançado. O comando militar norte-americano do Pacífico, citado pela Reuters, realça que o míssil não chegou a sair do território norte-coreano e que não representa uma ameaça aos EUA.

O último teste balístico por parte de Pyongyang aconteceu no passado dia 16 de Abril tendo sido também um falhanço.

Este lançamento acontece numa altura em que se regista uma escalada de tensões entre os EUA e Pyongyang, com os avisos ao regime de Kim Jong-un a multiplicarem-se devido a testes deste género.

O Presidente dos Estados Unidos quer “resolver as coisas diplomaticamente” com a Coreia do Norte, mas admite que “é muito difícil”. E, por isso, numa entrevista à Reuters, Donald Trump avisa que é possível que haja um “grande, grande conflito” com os norte-coreanos.

“Há uma hipótese de acabarmos por ter um grande, grande conflito com a Coreia do Norte. Sem dúvida”, disse Trump, numa entrevista à Reuters, na Sala Oval, a propósito dos 100 dias da sua Presidência, que se completam no sábado.

Os EUA têm pressionado a China para conter os testes nucleares da Coreia do Norte e, nesta entrevista, Trump elogia os esforços do Presidente chinês. “Acredito que ele está esforçar-se muito”, disse o líder norte-americano, referindo-se a Xi Jinping como “um homem muito bom”. “Ele adora a China e o povo chinês e sei que ele gostaria de fazer alguma coisa, mas é possível que não possa”.

As palavras de Trump surgem numa semana em que o secretário de Estado, Rex Tillerson, o secretário da Defesa, Jim Mattis, e o director dos serviços de informação, Daniel Coats, divulgaram um comunicado conjunto em que consideram que o programa nuclear norte-coreano, e o seu desenvolvimento, é “uma ameaça urgente à segurança nacional e uma prioridade da política externa”. Além disso, os EUA assumiram a vontade de endurecer as sanções económicas a Pyongyang e aplicar “medidas diplomáticas” juntamente com aliados.

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