Coreia do Norte: testes continuam para aumentar “ao máximo” o poder nuclear

Na escalada de tensões entre o país e os Estados Unidos, a Coreia do Norte garante que vai reforçar a sua força bélica.

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A Coreia do Norte tem feito testes nucleares e missilísticos LUSA/KCNA

A Coreia do Norte deu a entender, nesta segunda-feira, que irá prosseguir com testes nucleares, de forma a potenciar “ao máximo” a força nuclear. Pyongyang afirma ainda que vai acelerar os testes perante a posição belicosa dos Estados Unidos. Estas declarações foram feitas por um porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, citado pela agência de notícias KCNA, e vêm na sequência de uma tensão crescente entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América.

“Agora que os Estados Unidos estão a fazer barulho sobre as sanções e pressão contra a a República Popular Democrática da Coreia, de acordo com a sua nova política de ‘máxima pressão e compromisso’, a Coreia do Norte vai acelerar ao máximo a sua medida para impulsionar a dissuasão nuclear”, disse o porta-voz governamental em comunicado.

Estas “medidas para impulsionar a força nuclear ao máximo serão tomadas de forma consecutiva e sucessiva a qualquer momento e em qualquer lugar que seja definido pelo líder supremo”, adiantou ainda o porta-voz norte-coreano.

A Coreia do Norte já levou a cabo cinco testes nucleares e uma série de testes missilísticos. Estes testes têm sido feitos a uma velocidade sem precedentes.

Na passada sexta-feira, a Coreia do Norte lançou um míssil de médio alcance que, segundo militares sul-coreanos e norte-americanos, explodiu minutos depois da descolagem.

Na sequência destes acontecimentos, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, tinha avisado no sábado que o mundo enfrentará “consequências catastróficas” se nada fizer para travar as investidas nucleares e missilísticas da Coreia do Norte.

Também Donald Trump se manifestou, revelando o seu interesse em “resolver as coisas diplomaticamente” com os norte-coreanos, o que se afigurava “muito difícil”. “Há uma hipótese de acabarmos por ter um grande, grande conflito com a Coreia do Norte, sem dúvida”, admitia Trump em entrevista à Reuters. 

Através do Twitter, o Presidente norte-americano, Donald Trump, argumentou que “a Coreia do Norte desrespeitou os desejos da China e do seu muito respeitado Presidente”, Xi Jinping. Desde a sua chegada à Casa Branca, Trump tem insistido que só a China, o único aliado internacional de Pyongyang, pode pressionar de forma eficaz o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Já antes das mais recentes declarações da Coreia do Norte, outros dirigentes de Pyongyang tinham afirmado que se encontravam preparados para qualquer tipo de guerra que os Estados Unidos pretendam instaurar. “Se tentarem uma guerra total, responderemos com uma guerra total. Se começarem uma guerra nuclear, responderemos com o nosso estilo de ataques nucleares”, garantiu o "número dois" do regime, Choe Ryong-hae, que acusou Washington de ter criado uma “grave histeria militar” com a deslocação do seu porta-aviões USS Carl Vinson para a península da Coreia.

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