Construtores detidos em Taiwan após sismo de sexta-feira

Edifício ruiu na cidade de Tainan. Suspeita-se de má construção. Para já contabilizam-se 42 mortos, mas ainda há centenas de pessoas soterradas.

Fotogaleria
Os trabalhos mantêm-se na tentativa de encontrar sobreviventes AFP PHOTO / ANTHONY WALLACE
Fotogaleria
Familiares de vítimas soterradas continuam à espera de notícias AFP PHOTO / Sam Yeh
Fotogaleria
A informação é actualizada num quadro AFP PHOTO / Sam Yeh
Fotogaleria
Voluntários budistas rezam junto ao edifício AFP PHOTO / ANTHONY WALLACE
Fotogaleria
Edifício de 17 andares e em forma de "u" foi o único a ruir na cidade de Tainan AFP PHOTO / ANTHONY WALLACE

Três executivos da empresa que construiu o edifício residencial de 17 andares que ruiu após o sismo de sexta-feira, em Taiwan foram detidos, sob suspeita de homicídio por negligência, e sem direito a caução. Entretanto, os esforços para conseguir ainda retirar pessoas com vida dos destroços continuam.

A empresa já não existe, mas a justiça taiwanesa está a tentar responsabilizar os construtores da torre Dragão Dourado pela notória má qualidade dos materiais de construção usados. Uma equipa de peritos avaliou a qualidade da construção desde o início dos trabalhos de socorro, porque se foram descobrindo latas de óleo vazias e esferovite a preencher o espaço nas paredes onde deveria existir tijolos.

Pelo menos uma centena de pessoas continua desaparecida, soterradas pelo edifício de 17 andares após o sismo de 6,4 na escala de Richter. Construído em forma de "u", as secções laterais tombaram para cima da parte do meio, onde estará o maior número de vítimas. Confirmados estão apenas 42 mortos.

Os três executivos da empresa de construção Weiguan criaram uma nova companhia, depois de declararem falência em 1994, após a conclusão do edifício em causa, diz a Lusa, citando a Procuradoria de Tainan. 

Quatro dias depois do sismo, as autoridades enviaram esta terça-feira para o local maquinaria pesada para tentar resgatar algumas das 107 pessoas que se presume estarem sob os escombros. As equipas de socorro continuam a detectar sinais de vida de pelo menos 15 pessoas, mas o facto de na segunda-feira apenas terem sido resgatados cinco sobreviventes e de esta terça terem sido encontradas mortas pessoas que há 24 horas dava sinais de vida reduz a esperança de resgatar mais sobreviventes.

As máquinas pesadas visam facilitar a abertura de vias entre os escombros, uma vez que com os meios habituais são precisas dez a 11 horas para que as equipas de socorro consigam avançar um metro.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários