Confirmada sentença de 16 anos de prisão para capitão do Costa Concordia

Tribunal italiano de última instância confirmou condenação ao capitão do cruzeiro que naufragou em 2012, vitimando mortalmente 32 pessoas.

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Francesco Schettino, capitão do Costa Concordia Reuters/MAX ROSSI/Arquivo

O tribunal de última instância de Itália confirmou a sentença de 16 anos de prisão para o capitão do Costa Concordia, que naufragou em 2012 vitimando mortalmente 32 pessoas, dá conta a BBC.

Em 2015, um tribunal italiano condenou Francesco Schettino por homicídio, por ter sido o responsável pelo acidente — o que lhe valeu dez anos de prisão —, bem como por ter abandonado a embarcação antes de todos os passageiros e a tripulação estarem a salvo — o que, em conjunto, perfizeram mais seis anos de prisão. Para além disto, o italiano foi também condenado a um mês de prisão por ter prestado declarações falsas às autoridades.

Em 2013, a justiça italiana condenou ainda cinco co-responsáveis pelo acidente.

O naufrágio do Costa Concordia foi o mais grave desastre marítimo das últimas décadas na Europa. O acidente aconteceu ao cair da noite de 13 de Janeiro de 2012, horas depois da embarcação, de 290 metros de comprimento, ter zarpado do porto de Civitavecchia, para a conclusão do seu circuito pelo mar Mediterrâneo. Depois de decidir fazer uma manobra de “saudação” à ilha de Giglio, o comandante não foi capaz de evitar a colisão contra formações rochosas, que levou o navio a perder a propulsão e adornar com um rombo no casco.

Com o caos instalado na sala de comando, Schettino não só demorou a emitir o pedido de socorro e a ordenar a evacuação do navio, como ignorou as leis marítimas e pôs-se a salvo quando centenas de pessoas ainda aguardavam o resgate. Já em terra terá resistido a várias ordens para regressar a bordo e concluir a evacuação. O Costa Concordia levava mais de 4000 pessoas a bordo.

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