Conservadores pró-europeus vencem legislativas na Bulgária

Socialistas reconhecem derrota eleitoral mas continuam disponíveis para formar Governo. Votação foi um teste às relações com Bruxelas e com Moscovo.

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O líder do GERB, Boiko Borisov Reuters/STOYAN NENOV
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A líder do partido socialista búlgaro, Kornelia Ninova, derrotada nestas eleições Reuters/LASZLO BALOGH

O partido de centro-direita GERB (Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária) venceu as eleições legislativas deste domingo naquele país dos Balcãs, estado-membro da União Europeia. De acordo com as primeiras projecções, a formação conseguiu 33.2% dos votos, enquanto os socialistas búlgaros ficaram em segundo lugar com 27.5% dos escrutínios.

O ex-primeiro-ministro conservador Boiko Borisov, líder do GERB, já afirmou que o seu partido tem "o dever de formar Governo". Os socialistas de Kornelia Ninova já admitram a derrota, ainda que se aguardem os resultados finais da votação. “Queremos felicitar o partido vencedor GERB”, disse Ninova aos jornalistas.

As eleições antecipadas deste domingo foram convocadas depois de Borisov se ter demitido, em Novembro de 2016, após a derrota da candidata do seu partido nas presidenciais. Um Governo de gestão tem conduzido a Bulgária desde então.

Estas legislativas foram vistas como um teste às relações entre a Bulgária e a União Europeia, de que passou a fazer em 2007, e às relações entre Sófia e Moscovo, com que tem uma ligação política e cultural histórica. A oposição socialista tinha prometido melhorar as relações com a Rússia de Vladimir Putin, ainda que o gesto pudesse originar tensões com Bruxelas. O centro-esquerda propôs ainda o aumento de salários e pensões.

Apesar da derrota, Ninova admite que os socialistas estão dispostos a formar Governo caso o GERB não o consiga fazer, em nome da estabilidade do país. O seu partido duplicou o número de votos em relação às eleições de 2014, mas não foi o suficiente para vencer os conservadores.

A 1 de Janeiro de 2018, a Bulgária assume a presidência do Conselho da União Europeia, que é exercida em regime rotativo pelos estados-membros da UE por períodos de seis meses.

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