Quatro mortos em ataque suicida numa base aérea dos EUA no Afeganistão

Explosão ocorreu num dos locais mais bem protegidos do país e reflecte um dos períodos mais violentos desde o final da operação da NATO.

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O ataque na base aérea de Bagram matou quatro pessoas AFP/SHAH MARAI

Pelo menos quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas após uma explosão, neste sábado, numa base aérea norte-americana no Afeganistão. O ataque foi reivindicado pelos taliban e é visto como uma grave falha de segurança naquele que é um dos locais mais bem protegidos do país.

A explosão teve origem num ataque suicida e ocorreu perto das 5h30 deste sábado (1h em Portugal continental) na base aérea de Bagram, a norte de Cabul, revelou a NATO. O governador local, Haji Shookor, disse à BBC que pelo menos quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas, mas não foram reveladas as nacionalidades ou os cargos das vítimas.

O autor do ataque terá entrado a pé na base, às primeiras horas da manhã, inserido no meio de um grupo de trabalhadores afegãos, disse à AFP o porta-voz do governo local, Abdul Wahid Sediqi. A explosão ocorreu perto de uma zona de refeições.

A base aérea de Bagram é a maior instalação militar no Afeganistão e é utilizada pelas forças norte-americanas e da NATO desde 2002. Apesar de ser um dos locais mais bem guardados do país, são frequentes os ataques nas suas imediações. Em Dezembro, morreram seis soldados norte-americanos depois de um motociclista se ter feito explodir perto da base.

O ataque coincidiu com os festejos do Dia dos Veteranos e acontece um dia depois da explosão junto do consulado da Alemanha em Mazar-e-Sharif, no norte do país, que matou seis pessoas e fez cerca de 120 feridos.

Um porta-voz dos taliban, Zabihullah Mujahid, confirmou o ataque em Bagram contra os “invasores norte-americanos”.

“À família e amigos daqueles feridos no ataque de hoje, quero assegurar-vos que eles estão a receber os melhores cuidados possíveis”, disse o comandante da força norte-americana no Afeganistão, o general John Nicholson.

Os correspondentes dizem que os extremistas estão a intensificar os ataques antes do início do Inverno. Dois anos depois do final oficial das operações da NATO no Afeganistão, a situação de segurança no país atravessa o período mais sensível.

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