Khalid Masood, o autor do ataque terrorista junto ao Parlamento de Londres, na última quarta-feira, tinha sido identificado como potencial extremista em 2010, relata o jornal The Guardian.

A informação só veio à tona este domingo, na sequência da detenção de uma pessoa em Birmingham no âmbito da investigação. Desde o ataque de 22 de Março, quando o britânico  matou quatro pessoas e deixou mais de 50 feridas, foram detidas 12 pessoas.

O Guardian descreve que Khalid Masood chamou a atenção do MI5 há seis anos, depois de ter regressado ao Reino Unido após ter estado na Arábia Saudita a dar aulas de inglês, entre 2005 e 2009. Contudo, acabou por sair dos radares dos serviços de segurança britânicos “algum tempo antes do ataque fatal em Londres”, relata o jornal. 

Ainda não se sabe ao certo quando é que Masood foi posto sob vigilância e durante quanto tempo, aumentando a pressão por uma explicação oficial sobre as circunstâncias em que o britânico deixou de ser considerado uma ameaça pelos serviços de informação.

As informações iniciais avançadas pelas autoridades, confirmadas por Theresa May, davam conta de que o autor do ataque era uma figura "periférica" em anteriores investigações por terrorismo levadas a cabo pelo MI5. 

O britânico chamava-se Adrian Russell Ajao antes de se converter ao Islão, adoptando o nome Khalid Masood. Nascido em Kent, já tinha sido condenado por uma série de crimes violentos, mas não por terrorismo.