Activista síria e filha assassinadas em Istambul

Orouba Barakat, e a sua filha, que era jornalista, foram encontradas mortas no apartamento em Istambul, esfaqueadas e com sinais de estrangulamento. Irmã da activista responsabiliza regime de Assad.

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Reuters/GORAN TOMASEVIC/Arquivo

Uma conhecida activista síria, Orouba Barakat, de 60 anos, foi encontrada morta em sua casa em Istambul juntamente com a filha, a jornalista Halla Barakt, de 22 anos, revelou esta sexta-feira a polícia turca, noticia a Reuters.

O alerta foi dado por uma amiga da jovem jornalista, que disse às autoridades que não conseguiu entrar em contacto com as duas mulheres durante vários dias. A polícia entrou na noite de quinta-feira no apartamento, localizado na zona muçulmana de Istambul, encontrando ambas já sem vida, esfaqueadas e com sinais de estrangulamento.

Os pormenores sobre a eventual causa da morte foram reveladas por fontes policiais à comunicação social turca. Segundo essas informações, os corpos foram tapados com lençóis e cobertos com detergente para evitar o cheiro. As autoridades, que suspeitam que o crime terá ocorrido entre dois a três dias antes da chegada da polícia, estão agora a investigar o caso.

Orouba Barakat, que também é escritora, deixou a Síria nos anos 1980, fugindo do regime da família Assad, enquanto denunciava regularmente os crimes do Governo sírio. Membro do Conselho Nacional Sírio, que forma a oposição ao regime sírio, Orouba chegou à Turquia, depois de passar pelo Reino Unido e  Emirados Árabes Unidos. A comunicação social turca diz que Barakat estava a investigar os relatos de tortura nas prisões dirigidas pelo Governo sírio.

A Reuters cita também a irmã de Orouba, Shaza Barakat, que responsabilizou, no Facebook, o regime de Bashar al-Assad pelo assassinato: “A mão da tirania e da injustiça assassinaram a minha irmã e a sua filha Halla no seu apartamento em Istambul”, escreveu.

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