O Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), dirigido pelo português António Guterres, informou ontem ter recebido do Governo do Uzbequistão ordens para deixar o país dentro de um mês. As autoridades uzbeques acusam o ACNUR de "proteger criminosos e terroristas" por a agência da ONU se opor à deportação dos que procuram asilo vindos do vizinho Quirguistão.

"É muito raro uma representação ser encerrada", disse Astrid van Genderen Stort, porta-voz da organização, citada pela Associated Press. "O ACNUR trabalha num país a convite desse país. Se o país não nos quer lá a trabalhar mais, não podemos impor-nos", comentou.

Uma nota do Governo de Tashkent referiu que o "ACNUR realizou todas as suas tarefas e não há razões evidentes para prosseguir a sua presença no Uzbequistão".