72 horas de presidência Trump

Resumo dos três dias de trabalho de Donald Trump.

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Trump assinou três decretos, esta segunda-feira Kevin Lamarque /Reuters

Declarou guerra aos media por causa do número de pessoas que assistiram à cerimónia da sua posse, congelou as contratações de funcionários públicos, falou com Israel sobre a mudança da embaixada para Jerusalém, retirou os EUA de tratados comerciais internacionais. Resumo de três dias de presidência Trump.

1 — Assinou um decreto presidencial a suspender o financiamento dos programas federais que permitem o aceso a cuidados de saúde das pessoas inscritas no programa conhecido como Obamacare.

2 — Acabou com os juros bonificados na compra de casas com empréstimos apoiados pelo Governo federal.

3 — Ordenou aos departamentos governamentais o congelamento na aplicação de novos regulamentos, para ter tempo de perceber se concorda com eles ou se os anula.

4 — Viu o Departamento de Justiça aprovar a contratação do seu genro, Jared Kushner, como conselheiro da Casa Branca, e mandatou-o como emissário comercial dos EUA.

5 — Visitou a sede da CIA, falou aos funcionários para lhes dizer que os apoia “a mil por cento” e recebeu os códigos nucleares.

6 — Reacendeu uma velha polémica — com um potencial novo conflito — com o Iraque. Na visita à CIA, disse: “Devíamos ter ficado com o petróleo. Pode ser que apareça uma nova oportunidade”.

7 — Anunciou que quer renegociar o Tratado Norte-Americano de Comércio Livre (NAFTA) Marcou uma visita de Enrique Peña Nieto para 31 de Janeiro, para falar do NAFTA e da imigração (prometeu fazer um muro na fronteira).

8 — Falou com o primeiro-ministro canadiano (com quem quer falar do NAFTA) e criou um problema diplomático a Justin Trudeau. O vizinho do Norte é, por norma, o primeiro país a ser visitado por um novo Presidente dos EUA, mas Trudeau preferia não ter Trump no seu país, para não criar hostilidade caso os canadianos organizem grandes manifestações de protesto para o receber.

9 — Anunciou o seu primeiro encontro com um líder estrangeiro: já sexta-feira, recebe na Casa Branca Theresa May, a primeira-ministra britânica. Vão falar de comércio.

10 — Mandou apagar as contas da Casa Branca em castelhano nas redes socias. Na página na Internet, desapareceu a opção “em espanhol". O castelhano é a segunda língua mais falada no país e os hispânicos são a maior minoria. Pela primeira vez em 30 anos, não há hispânicos no gabinete do novo Presidente.

11 — Apagou temas da página oficial da Casa Branca: alterações climáticas e Acordo de Paris, Cuba e acordo nuclear iraniano, questões LGBT e de igualdade de género.

12 — Falou com o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, a quem anunciou ter dado início à discussão sobre a possível transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.

13 — Declarou guerra aos media, que acusa de mentirem sobre o número de pessoas que assistiram, em Washington, à sua tomada de posse. Na sequência, a sua conselheira Kellyanne Conway, explicou durante uma entrevista que o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, apresentara "factos alternativos” aos jornalistas.

14 — Congelou as entradas na função pública, abrindo uma guerra com 2,1 milhões de funcionários federais, número que quer reduzir de forma significativa. Os sindicatos já estão em campo para travar a decisão e os analistas já disseram que os cortes podem fazer aumentar a despesa pública pois vão obrigar à contratação de serviços externos.

15 — A Casa Branca anunciou que vai contratar uma redactora do Breitbart para a Casa Branca, Julia Hahn, que será assistente especial do Presidente. O seu chefe será Steve Bannon, o ex-patrão do site de informação anti-imigração e populista.

16 — Assinou um decreto presidencial a retirar os EUA do TPP (acordo de comércio Trans-Pacífico).

17 — Assinou um decreto presidencial que proíbe o financiamento, com verbas da agência americana de apoio ao desenvolvimento, de organizações não governamentais estrangeiras que “promovam” o aborto .

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